Engenharia ferroviária é referência para outros setores, diz especialista

O legado técnico da engenharia ferroviária foi tema de palestra organizada pela Associação de Engenheiros Ferroviários (Aenfer), no último dia 10. Em sua apresentação, o especialista e consultor da Kanaflex S/A, Osvaldo Barbosa, levantou um pouco do histórico das ferrovias para mostrar a importância da engenharia ferroviária e o quanto as soluções vindas dos trilhos influenciaram setores como o de telecomunicações, eletricidade, construção rodoviária e civil, petróleo/calderaria e até mesmo aviação.

O
primeiro uso da eletricidade foi para alimentar os bondes. Só depois, em 1879,
que Thomas Edison inventou a lâmpada incandescente, diz ele. Outros
exemplos são o desenvolvimento da fuselagem dos aviões, que ocorreu a partir da
calderaria ferroviária, a construção de oleodutos, que tem origem na técnica de
soldagem de trilhos ferroviários, e o desenvolvimento de sistemas óticos.
O primeiro sistema de fibra ótica foi implantado no subúrbio do Rio de
Janeiro por meio de um contrato assinado em 1983, muito à frente dos sistemas
de telecomunicações, conta.

Ele colocou
ainda a importância das ferrovias não só para o passado, mas para o presente e
o futuro do setor. Ele disse que, no Brasil, alguns ainda veem a ferrovia como
algo ultrapassado. O mundo não vê assim. O que o brasileiro
precisa entender é que a ferrovia ainda é referência no transporte,
afirma, lembrando os investimentos que países como China, Canadá e Estados
Unidos fazem no setor.

Deveria
chegar às escolas, em especial às de engenharia, a importância das ferrovias
para o nosso passado e também para o nosso futuro. A gente deveria reaprender
isso, declarou.

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