Estações da Linha 15-Prata devem entrar em operação comercial até o fim do ano


O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Clodoaldo
Pelissioni, declarou que a previsão é que as estações São Lucas, Camilo Haddad,
Vila Tolstói e Vila União da Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo (que utiliza
monotrilho) devem estar em operação comercial até o final do ano. As estações
estão em operação assistida (sem cobrança de tarifa e em horário reduzido)
desde abril.

 

De acordo com o secretário, a fabricante Bombardier indicou uma “questão
técnica” envolvendo as portas de plataforma da linha, o que atrasou a ampliação
do horário das estações. A declaração foi feita no sábado, 27, durante a
inauguração da estação São Paulo-Morumbi da Linha 4-Amarela do Metrô. Estiveram
também presentes à cerimônia o prefeito da cidade, Bruno Covas, o presidente
do Metrô SP, Paulo Menezes Figueiredo, entre outras autoridades.

 

Ainda sobre a Linha 15-Prata, ele declarou que deu até o final desse mês
para a empresa Azevedo & Travassos retomar a obra das estações Jardim
Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus. A empresa possui dois
contratos para concluir obras de acabamento, ciclovia e paisagismo.

 

“Demos até o final do mês para eles [Azevedo & Travassos] retomarem
a obra. Se eles não retomarem teremos provavelmente a rescisão do contrato e aí
se as segundas colocadas [no processo licitatório] toparem retomar a obra nós
vamos contratá-las, senão teremos que fazer uma nova licitação”.

 

Em outubro, reportagens divulgadas na imprensa mostraram que a empresa
abandonou o canteiro de obras das quatro estações. O governo do Estado, por
causa do ocorrido, já multou a Azevedo & Travassos em aproximadamente R$
1,6 milhão.

 

 

Confira outros pontos da entrevista coletiva concedida pelo secretário:

 

Linha 6 – Laranja

 

O secretário disse que haverá uma reunião, “provavelmente no final da
próxima semana”, do conselho gestor de Parcerias Público-Privadas para aprovar
a caducidade com o consórcio Move São Paulo, que seria responsável pela
construção da linha. “Nós não temos nenhum problema legal em frente, então com
certeza nós poderemos fazer a rescisão [contratual] e retomar a nova
licitação, nós temos que fazer uma nova licitação”, declarou.

 

Em 2015, o Move São Paulo (formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz
Galvão e UTC Engenharia) ficou com a missão de construir e operar a Linha
6-Laranja ao custo de R$ 8 bilhões, mas em três anos entregou apenas 15% da
obra. As empresas que formam a concessionária não conseguiram mais empréstimos
para o financiamento de obras após ser investigadas pela Operação Lava Jato. Em
setembro de 2016, a construção foi suspensa.

 

O consórcio chegou a apresentar uma proposta de repasse do controle da
concessão da linha para um grupo formado pela Mitsui, já sócia do negócio,
um grupo de investidores japoneses e duas empresas chinesas do setor
ferroviário, a China Railway Capital Co. Ltd. e China Railway First Group Ltd.
Mas as negociações fracassaram.

 

Linha 18 – Bronze (prevê ligar São Bernardo à capital paulista)

 

Segundo Pelissioni, não há novidades no processo. “Acredito que o
governo de São Paulo vai ter que que ir atrás de novos financiamentos para
poder iniciar as obras”, declarou.

 

A linha estava prevista para ser inaugurada este ano, mas nem entrou em
obras. Em 2014, foi assinada a PPP (Parceria Público-Privada) entre o Estado e
o Consórcio Vem ABC (formado pelas empresas Primav, Cowan, Encalso e Benito
Roggio), vencedor da licitação. No entanto, o entrave para o início das obras
está na obtenção de recursos para as desapropriações para abrir espaço ao
trajeto.  

 

Linha 5 – Lilás (estação Campo Belo e portas de plataforma)

 

Prometeu instalar até 2020 todas as portas de plataforma da linha.
Questionado se a entrega da estação Campo Belo ocorreria no primeiro trimestre
de 2019, Pelissioni disse que está “trabalhando com o metrô” para cumprir os
prazos e que é necessário entregar o viaduto da Avenida Santo Amaro sobre a
Avenida Roberto Marinho.

 

Vale lembrar que foi assinado, em setembro, um aditivo de contrato
alterando o prazo de vigência contratual da obra. Com isso, a inauguração, que
estava inicialmente prevista para dezembro, pode ocorrer até o primeiro
trimestre do próximo ano.

 

Extensão da Linha 4-Amarela até Taboão da Serra

 

O secretário declarou que o que há para a região é a conclusão, em 45
dias, do terminal de ônibus e a transferência de linhas da estação Butantã para
a estação nova. Além disso, ele disse que está sendo feito “todo o esforço”
para a conclusão da estação Vila Sônia, onde haverá um terminal de ônibus para
atender os municípios do entorno.

 

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