Suzano discutirá crescimento após fusão com Fibria

Um dos
principais temas a serem tratados após o fechamento da fusão entre Suzano Papel
e Celulose e Fibria, que pode ocorrer em dois ou três meses, é a estratégia de
expansão da nova companhia. De acordo com o presidente da Suzano, Walter
Schalka, opções de crescimento serão avaliadas após o fechamento da operação.
Entre analistas cresce a expectativa em torno de uma potencial decisão de
investimento já em 2019.

“O foco
era buscar a redução da alavancagem, mas fomos muito favorecidos por preços da
celulose e pelo câmbio, o que ajuda com o processo de desalavancagem mais
rápido”, disse o executivo. Apesar da posição mais confortável, a
discussão sobre uma nova rodada de crescimento ainda não começou, segundo
Schalka. “Vamos discutir isso depois do fechamento. Minha filosofia
pessoal é criar opcionalidades e o crescimento orgânico é uma opção”,
afirmou.

A meta da
companhia é que o índice de alavancagem, medido pela relação entre dívida
líquida e resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda),
fique entre 2 vezes e 3 vezes. O Itaú BBA projeta relação entre dívida líquida
e Ebitda de 2,7 vezes para a companhia após a aquisição da Fibria, já no fim
deste ano, frente a índice pro forma de 3,2 vezes no terceiro trimestre. O
executivo também foi questionado por analistas sobre os planos de investimento
após a operação com a Fibria e disse que esse será um dos principais temas de
discussão. “Uma das principais questões a ser discutida será a alocação de
capital para o futuro”, comentou.

Conforme Schalka,
a fusão será fechada provavelmente no fim de dezembro ou no início de janeiro,
após o aval definitivo da Comissão Europeia. “A operação com a Fibria
segue dentro do cronograma. A expectativa é que o processo de análise na Europa
seja finalizado ainda em novembro”, disse.

Após a
aprovação, a companhia prevê que serão necessários mais 45 dias para os últimos
passos para fechamento da operação, incluindo a listagem de ADRs (recibos de
ação) na Bolsa de Nova York. Segundo o diretor financeiro e de Relações com
Investidores da Suzano, Marcelo Bacci, o início de negociação dos ADRs deve
ocorrer entre o fim de novembro e a conclusão da transação, “mais
provavelmente perto do fechamento”.

Ao fim de
setembro, considerando-se a correção pelo CDI, o valor a ser pago pela Suzano
aos acionistas da Fibria para a consolidação das duas companhias estava em R$
31,2 bilhões. Todo esse valor está protegido em relação ao câmbio, ante 84% em
setembro. Neste momento, a Suzano já conta com a maior parte dos recursos
necessários para o fechamento da operação. “Falta, então, algum
financiamento adicional que estamos fazendo”, disse. “Mais o caixa
das duas empresas, é mais do que o necessário para fechar a operação”.

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