Sete anos após ter sido prometida pelo Governo do Estado, a modernização da Estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de Mogi das Cruzes ainda está em fase de análise e não há prazo para início e tampouco término das obras, segundo informou a companhia. As outras três estações da cidade também não foram modernizadas.
O projeto da estação existe desde 2013, quando técnicos da Prefeitura de Mogi e da CPTM concluíram o estudo de construção da nova estação, que incluía ainda a abertura de dois túneis no Complexo Viário Jornalista Tirreno Da San Biagio, etapa já entregue pela administração municipal.
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No entanto, a CPTM esclareceu agora que desde 2014 aguardava recursos prometidos pelo Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, para a reconstrução da Estação Mogi das Cruzes, e somente em dezembro de 2016, a União descartou o envio da verba.
Neste meio tempo, o Ministério Público recomendou a acessibilidade nas estações da companhia. Diante da negativa do Governo Federal sobre o repasse, a CPTM iniciou as obras de acessibilidade nas estações do Alto Tietê, com a implantação de itens como rampas, piso tátil e sanitário exclusivo para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
“Dessa forma, em 2016, foram concluídas as intervenções de acessibilidade da Estação Jundiapeba, em 2018, foi a vez das estações Braz Cubas e Estudantes e agora, em janeiro de 2019, a Estação Mogi das Cruzes”, trouxe a nota enviada pela estatal ao G1.
Atualmente, ainda segundo informou a CPTM, os projetos em elaboração estão passando por análise de cronograma. Os prazos relativos ao início e término das futuras obras só serão conhecidos após a conclusão dos projetos básico e executivo.
O projeto
O projeto de reconstrução da estação de Mogi prevê a implantação de um novo prédio com arquitetura moderna, infraestrutura de ponta, deslocado entre 60 e 150 metros a oeste da estação atual, para ser interligada ao Terminal Central por meio de uma passarela, além de um bicicletário.
A nova edificação terá plataforma central com 190 metros de extensão e mezanino superior. Além disso, o projeto contempla assentos na plataforma, banheiros públicos comuns e sanitários exclusivos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, escadas rolantes e todos os itens de acessibilidade (elevadores, rampas, pisos podotáteis, mapas em braile) e sistema de combater a incêndio.
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