O consórcio que administra o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto do Itaqui, em São Luís (MA), anunciou nesta terça-feira o início da segunda fase de obras do terminal para duplicar a capacidade operacional. O consórcio é formado pelas empresas Terminal Corredor Norte, Glencore, Corredor Logística e Infraestrutura e ALZ Terminais Portuários. O valor do investimento não foi informado.
As obras, previstas para terminarem no primeiro semestre de 2020, permitirão a movimentação de mais de 12 milhões de toneladas de grãos (soja, milho e farelo de soja) por ano. A estrutura atual do terminal permite a movimentação de mais de 7 milhões de toneladas por ano, e a ocupação da capacidade vem crescendo nos últimos anos.
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Em 2018, a movimentação alcançou 6,3 milhões de toneladas, superior às 4,4 milhões de toneladas do ano anterior. Esse volume foi embarcado em 99 navios, que tiveram como destino, em sua maioria, a Ásia, além de Europa, África e América do Norte.
Nesta segunda fase de obras, será duplicada a linha de embarque para operar mais um berço de atracação, que funcionará de forma simultânea ao berço atualmente utilizado. Para isso, será adquirido um segundo shiploader para carregamento de navios, que permitirá alcançar uma taxa de embarque de 5 mil toneladas de grãos por hora, e a ativação de uma segunda moega ferroviária, que permitirá a descarga de oito vagões simultaneamente, a uma taxa de 4 mil toneladas de grãos por hora.
A estrutura atual do terminal, que começou as atividades em 2014, para operar um berço de atracação é composta por quatro armazéns com capacidade estática total de 500 mil toneladas de grãos. Também há equipamentos de alta tecnologia, como um shiploader, moegas rodoviárias com oito tombadores que permitem receber mais de 950 caminhões ao dia (total de 44 mil toneladas descarregadas diariamente) e moega ferroviária com capacidade para descarregar quatro vagões simultaneamente, a uma taxa de 2 mil toneladas de grãos por hora.
Quando for concluída a segunda fase, a expectativa do Tegram é receber 80% do volume de grãos por ferrovia e os 20% restantes por rodovia. Atualmente, 56% dos grãos chega ao terminal pelo modal rodoviário e 44% por trilhos. Os grãos são originados em seis Estados: Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, Mato Grosso e Pará.
Segundo o consórcio, é possível aumentar a eficiência operacional caso a participação da descarga ferroviária seja ampliada, diminuindo períodos de ociosidade.
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