O governo de Mato Grosso do Sul buscará apoio de São Paulo e dos Estados do Centro-Oeste para viabilizar a Ferrovia Oeste, que ligará Corumbá a Mairinque (SP) a partir de traçados já existentes e viabilizará a malha da ferrovia Transamericana. O projeto foi tema de reunião nesta quarta-feira (29) entre o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o CEO da Rumo Logística, Júlio Fontana, que debateu estratégicas para efetivar a ligação entre os Oceanos Pacífico e Atlântico.
Fontana, explicou Reinaldo, também está à frente do projeto da Transamericana. “Conseguimos enxergar mais de parto a realização da revitalização deste modal que passa por Mato Grosso do Sul”, disse o governador após a reunião, da qual também participaram os secretários Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também deve se unir ao projeto: ele já lidera projeto para revitalizar a ferrovia paulista, a partir da cidade de Mairinque -entroncamento da antiga ferrovia Sorocabana-, junto ao Ministério da Infraestrutura, no qual o ministro Tarcício Gomes de Freitas já defendeu a revitalização da malha ferroviária. Reinaldo pretende incluir a ferrovia Oeste no PPI (Programa de Parceria de Investimentos) de forma a garantir um meio de escoar a produção local e a interligação entre os oceanos.
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“É um ambiente comum de apoio que eu tenho certeza que os governos de São Paulo, Mato Grosso e demais Estados do Centro-Oeste vão somar para que a gente tenha esse modal concluído”, considerou, apostando que, em breve, a integração entre o Brasil com Bolívia, Peru, Argentina e Chile sairá do papel.
Ponto central – Jaime Verruck lembrou que o projeto da Transamericana integra os investimentos do Estado para se consolidar como um hub de transportes no país, porém, tem uma escala maior.
“Dentro dessa estrutura de portos, Rota Bioceânica, investimento nas rodovias internas do Estado por meio do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento Rodoviário de Mato Grosso do Sul), nós temos como foco restabelecer a malha Oeste que é a nossa antiga ferrovia que liga Mairinque a Corumbá, porém, hoje o conceito é muito mais amplo, focamos na ferrovia Transamericana que servirá para integrar o pacífico ao Atlântico”, sustentou.
O titular da Semagro lembrou que a ferrovia permitiria uma ligação ferroviária entre o porto de Santos (SP) e o Oceano Pacífico, reduzindo custos de transporte em todo o continente. “A ferrovia não é apenas forma de escoamento, mas um projeto de integração e eixos de desenvolvimento dos países, agregando outros valores”, argumentou.
Agendas – Ainda em São Paulo, a comitiva sul-mato-grossense manteve encontros com lideranças empresariais do país, como Benjamin Steinbruch, presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a quem foram apresentadas as possibilidades de negócio no Estado.
“Benjamin já atua em Mato Grosso do Sul através da pecuária, tem mais de 45 mil funcionários em todo o Brasil e uma série de interesses. Atua na área de energia, siderurgia, por isso apresentamos as políticas do Estado e os potencias para atrair investimentos”, explicou Jaime Verruck.
Já Eduardo Riedel destacou que Reinaldo capitaneou discussões “dentro de um ambiente de negócios propícios onde os principais atores estavam presentes. Investidores interessados de uma maneira geral”. Ele reforçou a presença do governador no Fórum da Revista Exame que discutiu as PPPs (parcerias público-privadas) e concessões.
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