O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) deu prazo de cinco dias para o Governo do Rio explicar o que está fazendo para retomar as obras da Estação Gávea, da Linha 4 do metrô. Segundo a Riotrilhos, as estruturas podem desabar.
A avaliação apontou perigo da estrutura e mostrou riscos aos prédios do entorno. Em função disso, o TCE determinou que o governador Wilson Witzel e o secretário estadual de Transportes, Delmo Pinho, apresentem um relatório com as medidas que o governo está tomando para recomeçar e concluir as obras, que estão paradas desde 2015.
A Linha 4 do metrô foi inaugurada para os Jogos Olímpicos de 2016 e liga a Zona Sul à Barra da Tijuca. Previa um corredor paralelo à Linha 1 e estações como Gávea, Jardim Botânico e Humaitá.
Na inauguração, tornou-se um prolongamento da Linha 1, a partir de Ipanema, mas manteve um “braço” até a Gávea.
No fim do mês passado, conforme o G1 antecipou, o governo do RJ pediu à Justiça que reconsiderasse a decisão que impedia que o estado gastasse mais dinheiro público nas obras, justamente devido ao relatório da Riotrilhos, que apontou o perigo das estruturas desabarem.
Rodrigo Nascimento, conselheiro do TCE que assina o documento, diz que o motivo da notificação foi uma recente nota técnica da diretoria de engenharia da Riotrilhos.
O conselheiro ainda destaca que em janeiro do ano passado já havia autorizado a retomada das obras e ressalta também que está tomando as medidas possíveis para apurar as “ilegalidades e superfaturamentos bilionários ocorridos em anos anteriores”.
O relator cita, inclusive, o superfaturamento de mais de R$ 2,7 bilhões, que já foi apurado, e esclarece que trabalha para responsabilizar as pessoas e as empresas envolvidas nessas irregularidades.
Só que, ao mesmo tempo, o governo deve tomar medidas para que as obras sejam finalizadas.
A Secretaria de Transportes mandou uma nota dizendo que recebeu a notificação e que vai estudar o assunto.
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