Em carta aberta divulgada nesta quinta-feira (10), Leonardo Villar Beltrão, superintendente do metrô de Recife, lembrou que assumiu “a missão de reerguer o Metrô”, que estava degradado, enumera os desafios e ressalta melhorias feitas no sistema em um período de “penúria orçamentária” durante a gestão dos últimos três anos. Renata Mary Teti Vasconcelos assume a Superintendência a partir de agora.
Em 25 de maio de 2016 Villar assumiu a Superintendência e conta que “a empresa apresentava grandes débitos acumulados com seus fornecedores e prestadores de serviço. Funcionários terceirizados se negavam a trabalhar sem receber salários, passagem, ticket refeição e férias vencidas”.
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Na carta, ele ainda afirma que mesmo com grandes restrições de orçamento durante a crise econômica do país, o metrô não paralisou e que todos os débitos foram quitados. Além disso, Villar afirma que recuperação das escadas rolantes e elevadores, a melhoria da disponibilidade dos trens e dos aparelhos de ar-condicionado de algumas composições foram algumas das melhorias feitas por sua equipe.
“Com relação à segurança, implantamos um sistema dos mais modernos com 1.380 câmeras de vídeos de alta definição com central de monitoramento, que é uma ferramenta imprescindível e fundamental no combate à criminalidade; assim como deixamos encaminhado convênio a ser assinado com a PM para a prestação de serviço que acreditamos ser um reforço suficiente para minimizar tanto os transtornos causados pelo comércio ambulante, prática proibida dentro do sistema, quanto os delitos no interior das nossas estações e trens”, ressaltou.
Defasagem
Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos, a atividade metroviária no Recife tem uma defasagem de R$ 480 milhões, recebendo uma subvenção do Governo Federal de mais de 80%. O custo anual do sistema na Região Metropolitana do Recife é de R$ 541 milhões. Em todo o sistema, dos 40 trens, 13 estão parados por falta de manutenção. Os maiores gastos da operação no Recife são em segurança e energia. Atualmente, a atividade do MetroRec representa mais de 50% do total de custos da CBTU, comparando com as cinco cidades onde a companhia opera. No entanto, a receita não chega a 13%.
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