O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta segunda-feira (28), em debate sobre a reforma tributária, que não concordou com a aprovação do programa Rota 2030 no ano passado.
O Rota 2030 é um programa que estabelece isenção fiscal à indústria automobilística.
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“No final do ano, infelizmente, o Congresso fez parte disso, eu infelizmente fiz parte disso, e aprovamos o Rota 2030, que eu era particularmente contra. Mas eu não sou dono do Parlamento e vivemos em uma democracia, então aprovamos a renovação do incentivo”, afirmou Maia no evento Brasil de Ideias do Grupo Voto.
Maia lamentou a aprovação do projeto porque, enquanto o setor automotivo foi beneficiado com a medida, nenhuma proposta concreta para o transporte coletivo foi levada ao Congresso.
“Nós estimulamos há 50, 60 anos, a produção de carro no Brasil, em detrimento do transporte de massa. É óbvio que nós fizemos isso. São Paulo tem quantos quilômetros de metrô? 100, 120? Xangai em dez anos construiu 450.”
A cidade de São Paulo tem 97,1 km de linhas de metrô e 86 estações.
Na avaliação do presidente da Câmara, quando a política transfere seu poder para terceiros, a sociedade fica desconfiada.
“Porque nós pegamos o Orçamento, que é para transformar a vida das pessoas, e transformamos a vida de poucas pessoas”, disse.
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