Tarcísio de Freitas defende projetos da monarquia

Na opinião do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o Brasil estaria em melhores condições caso a República não houvesse sido proclamada em 1889, disse em entrevista no Conversa com Bial, da TV Globo, que foi ao ar na madrugada desta terça-feira, 22. De acordo com o engenheiro formado pelo Instituto Militar de Engenharia, o fim da monarquia interrompeu a continuidade de projetos promissores.

É uma tese que não dá para comprovar, mas o País hoje estaria em outro patamar. O império pensou anos à frente. A transposição do Rio São Francisco foi pensada no Segundo Reinado, com um traçado parecidíssimo com o atual. A rodovia Norte-Sul, leiloada recentemente, também foi pensada no período de Pedro II, afirmou o ministro
Freitas se inspira no modelo da época para tentar resgatar o potencial das ferrovias. De acordo com o ministro, a ideia é retomar a autorização para o setor privado tocar as obras. O maior boom ferroviário que tivemos na nossa história foi de 1854 a 1913. Os investimentos eram todos privados, mas criamos as condições para que o privado investisse. Ele queria fazer a ferrovia e tomava o risco. Havia uma garantia de remuneração sob capital investido, e a possibilidade de explorar todo o ativo mineral na faixa de domínio das ferrovias, recordou.

Em tentativa de atenuar as declarações pró-monarquia, às vésperas do aniversário de 130 anos da proclamação, o ministro elogiou a estrutura política vigente – da qual faz parte – e mostrou otimismo em relação ao futuro. Eu seguramente não seria um dos militares que participou da proclamação da República. E acho que nem o Duque de Caxias, se fosse vivo. Mas a República que temos é vibrante, e vamos fazer dar certo, afirmou Freitas.

Os projetos tocados pela pasta da Infraestrutura também foram assunto na entrevista. O ministro destacou o plano da ferrovia Ferrogrão, que pretende ligar Cuiabá (MT) a Santarém (PA), como um dos mais aguardados. É uma meta ambiciosa, mas extremamente transformadora. O arco Norte é a melhor porta de saída para os mercados consumidores asiático e europeu, e o potencial de redução de custos é enorme.
Embora venha se destacando no time de ministros do governo Bolsonaro, Tarcísio Freitas descartou qualquer ambição política em sua carreira, e negou participação no veto ao retorno da CPMF. O ministro ressaltou a liberdade que possui por ser um ministro técnico, sem amarras partidárias. Meu sonho agora é entregar a BR-163, fazer a Ferrogrão. Quem sabe um dia ter trem-bala, disse.

Fonte: https://brpolitico.com.br/noticias/tarcisio-freitas-ministerio-infraestrutura-monarquia/

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