Vale tem perda de produção com chuvas em MG, mas mantém projeção para o ano

A Vale mencionou as chuvas de janeiro e de fevereiro em Minas Gerais no relatório de produção divulgado nesta terça-feira, bem como seu impacto. A empresa informou que, devido a interrupções temporárias de produção e transporte nos Sistemas Sul e Sudeste, a perda de produção foi de, aproximadamente, um milhão de toneladas.

A empresa detalhou que os volumes de produção dependerão, principalmente, da concessão de autorizações externas para retomar produção interrompida, enquanto a conquista do maior nível de produção continua possível, dependendo de várias vantagens que estão sendo exploradas.

A empresa informou ainda que a produção de níquel deve ficar entre 200 mil e 210 mil toneladas em 2020.

A produção de carvão, por sua vez, deve ficar entre 8 e 10 milhões de toneladas neste ano.

A companhia detalhou ainda que vai descontinuar a apresentação de projeção de vendas de finos de minério e ferro e de pelotas.

Essa não foi a única revisão mencionada pela companhia. A empresa também informou que, para o primeiro trimestre deste ano, o guidance (meta) de produção de finos de minério de ferro ficou na faixa de 63 a 68 milhões de toneladas.

Em seu relatório, a Vale informou que as metas levam em conta a paralisação de operações na Barragem Laranjeiras, em São Gonçalo do Rio Abaixo, em Minas Gerais, anunciada no fim do ano passado. A operação faz parte do complexo da Mina de Brucutu. Sobre esse assunto, a Vale informou que o objetivo de promover a retomada segura da operação da barragem de Laranjeiras estenderá a suspensão da disposição de rejeitos pelo menos até o fim de março de 2020, quando a companhia espera ter resultados de avaliação geotécnica das condições da estrutura.

“Os resultados determinarão as ações corretivas, se houverem, para retomar a disposição de rejeitos na barragem de Laranjeiras. Como resultado, a planta de Brucutu continuará operando com aproximadamente 40% de sua capacidade, por meio de processamento a úmido com filtragem de rejeitos. Alternativas de curto prazo para a disposição de rejeitos, como a otimização do uso da barragem Sul, estão em avaliação por equipes geotécnicas e operacionais e podem aumentar a capacidade da planta de Brucutu para 80%.”

Sem mais efeitos do coronavírus
No mesmo relatório, a empresa informou que as projeções informadas hoje em relação à sua produção futura “não consideram efeitos de segunda ordem da epidemia de coronavírus, que, no momento da redação deste documento, parecem ser acomodados apenas por meio de alterações de preço”.

A epidemia do coronavírus surgiu no início do ano na província de Wuhan, na China. O país é um dos maiores parceiros comerciais da Vale.

Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou 1.017 mortes por causa do novo coronavírus na China. Hoje, a OMS informou ter contabilizado mais de 43 mil casos da doença confirmados no mundo.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/02/11/vale-teve-perda-de-producao-de-1-mi-de-toneladas-com-chuvas-em-mg.ghtml

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