O funcionamento do metrô no Rio de Janeiro pode ser alterado a partir do próximo mês. É o que informa a concessionária MetrôRio, responsável pelo serviço metroviário na capital do estado.
Segundo a empresa, mais de 80 milhões de passageiros deixaram de utilizar o transporte durante a pandemia da Covid-19.
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E se não houver uma ajuda do governo, medidas de contenção de despesas deverão ser tomadas, segundo a concessionária. Especula-se que estações poderão ser fechadas ou dias e horários de funcionamento poderão ser cortados.
Prejuízo Entre março e agosto, o MetrôRio diz ter acumulado um prejuízo mensal de aproximadamente R$ 35 milhões. Em média, são menos 18,6 milhões de embarques por mês, uma queda diária superior a 70% do seu público.
Segundo a empresa, o déficit acumulado já ultrapassa os R$ 200 milhões, até julho.
Enquanto não há solução sobre o auxílio emergencial, estão em andamento estudos sobre outros cenários de redução de custos possíveis para permitir que a operação seja mantida por mais tempo, disse, em nota, a empresa.
Os responsáveis pelo transporte metroviário dizem que os custos de operação são, em sua maioria, fixos. A empresa explicou que para evitar uma mudança no serviço, já renegociou suas obrigações junto a fornecedores e credores e recentemente teve que reduzir seu quadro de pessoal em mais de 10%.
O MetrôRio, ao contrário de vários sistemas de transporte do país e de outras cidades do mundo, como São Paulo e Londres, por exemplo, não recebe subsídio do governo para manter sua operação. Sua receita vem exclusivamente da tarifa cobrada dos passageiros, dizia outro trecho da nota. Procurada pelo G1, a Secretaria Municipal de Transporte não retornou até a publicação desta reportagem.
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