O governo do Estado de São Paulo publicou neste sábado, 28 de novembro de 2020, a contratação de duas empresas para a elaboração do PITU – Plano Integrado de Transporte Urbano, que vai planejar a rede de transportes por ônibus, trilhos e outros meios até o ano de 2040.
De acordo com a publicação oficial, foram homologadas as empresas Systra S.A, Systra Engenharia e Consultoria Ltda. e Logit Engenharia Consultiva Ltda.
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O valor do contrato é de R$ 4,7 milhões (R$ 4.751.748,90), incluindo de impostos locais indiretos.
Em suas redes sociais, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, escreveu que o plano vai servir para várias gestões.
Vivemos grandes desafios de mobilidade urbana e uma das nossas missões é pensar no futuro. Hoje, demos um importante passo nesse sentido com a homologação da empresa que fará o PITU – Plano Integrado de Transportes Urbanos. Este plano delineará o planejamento do transporte coletivo até o ano de 2040.
Este estudo será base para definir as políticas de transporte público para próximas gestões do Governo de São Paulo de modo a atender às necessidades de transporte dos cidadãos e a demanda das cidades! Sem deixar de lado a responsabilidade financeira, o respeito ao dinheiro público e o enorme desafio de inovar e trazer aos cidadãos de SP um transporte digno, com qualidade e seguro.
PITU
Planejar o futuro. Este é em síntese o que mira o Plano Integrado de Transportes Urbanos – PITU, que propõe programas de expansão dos transportes metropolitanos. O desenvolvimento de programas de implantação, expansão ou modernização do sistema de transporte na metrópole visa atender as necessidades da população quanto a sua mobilidade, desenvolvimento socioeconômico e qualidade de vida.
Para tanto, o planejamento considera a expansão da oferta e também a gestão da demanda e utiliza para isso de mecanismos de uso do solo e outras variáveis, que possam atender as necessidades de viagens para a mobilidade das pessoas e a movimentação de bens.
PITU 2025
O primeiro PITU data de 1998, implantado pelo então governador Mário Covas em 2020 (PITU 2020).
O PITU mais recente, a segunda versão, foi realizado alguns anos depois, com prazo até 2025.
O PITU 2025 constatou o agravamento do problema urbano representado por uma distribuição cada vez mais desequilibrada das atividades na cidade. Os empregos permanecem no Centro, que se esvazia demograficamente, enquanto cresce explosivamente a população na periferia, afirma o documento em seu Sumário Executivo.
O Plano já identificava a ocorrência de maiores custos operacionais no serviço de transportes, apontando que a economia do sistema se tornava crescentemente deficitária.
Além disso, o aumento de tempo no deslocamento das pessoas era outro indicador preocupante.
Fica patente que o problema dos transportes não se resolverá exclusivamente como política setorial fechada em sí mesma. E a visão de uma cidade mais sustentável, concebida no PITU 2020 e mantida nesta edição só será alcançada se houver apropriada interação de várias funções urbanas, regidas pelas correspondentes políticas públicas e dinamizadas pelas forças de mercado, afirmava o documento.
Para a obtenção de resultados, o documento defendia o uso de novas estratégias, que poderiam e deveriam ser mobilizadas usando tecnologias e instrumentos mais poderosos.
O PITU 2025 destacava em especial, o quadro jurídico inteiramente novo trazido pelo Estatuto da Cidade, consubstanciado na lei federal 10.257/2001, que estabelece as diretrizes gerais da política urbana, esclarecendo que ela não pode ser um amontoado de intervenções sem rumo. Ela tem uma direção global nítida: ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, de modo a garantir o direito a cidades sustentáveis.
A nova estratégia traçada pelo PITU 2025 somava ações de aumento da oferta com políticas de gestão da demanda, envolvendo iniciativas além da jurisdição da Secretaria de Transportes Metropolitanos. Desta forma, o Plano proposto com o horizonte de 2025 passou a ser entendido, em sua concepção, estudo e implementação, como um esforço de âmbito intergovernamental.
Como destaques, o PITU inseriu como políticas conjugadas as de uso do solo, logística urbana de cargas, política de financiamento expandida (também de base fundiária) e a política de desenvolvimento.
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