Mídia News – Um estudo feito pelo instituto Voice Pesquisas revelou que 75% dos cuiabanos e várzea-grandenses concordam com a decisão do Governo do Estado de trocar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) pelo BRT (Ônibus de Trânsito Rápido).
A pesquisa revela, também, que 48% da população associam o VLT à corrupção; 34,7% à roubalheira e 8,2% à incompetência. Apenas 3,7% ligam o VLT a respeito ao dinheiro público e 0,8% a eficiência.
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As obras do modal, iniciadas em 2014 na gestão de Silval Barbosa, e que já consumiram mais de R$ 1 bilhão, também é associado a outras citações negativas, como dinheiro jogado no lixo, destruição das vias públicas, transtorno para a populaçãoe vergonha para Mato Grosso.
A pesquisa foi feita entre os dias 21 e 23 de janeiro, e ouviu 600 moradores dos dois municípios. A margem de erro é de 4%, para mais ou para menos.
O estudo aponta que a percepção sobre corrupção envolvendo a licitação do VLT também é elevada.
Um total de 50% dos entrevistados disse que sabe que empreiteiras que venceram a licitação pagaram propina de R$ 18 milhões para o grupo de Silval Barbosa.
Os gastos com as obras paradas há 6 anos também são de conhecimento público: 80% disseram que sabem que já foram investidos R$ 1 bilhão dos cofres do Estado com o VLT.
Outros 89% dos entrevistados afirmaram que sabem que os 40 vagões comprados na gestão do ex-governador Silval Barbosa estão se deteriorando a céu aberto, em um pátio, em Várzea Grande.
Conhecimento sobre BRT
Mesmo sendo considerada ainda uma novidade, já há um nível de conhecimento relativo sobre as características do BRT: 40% sabem, por exemplo, que as obras do BRT custarão R$ 340 milhões a menos que as do VLT.
Outros 50,2% sabem que os ônibus do BRT serão elétricos e não poluentes.
E 27,7% dos entrevistados disseram que sabem que as obras do BRT deverão ser concluídas em 2 anos.
Um percentual considerado, de 48% dos entrevistados, disse que tem conhecimento que o Governo do Estado acionou a Justiça para que o consórcio VLT devolva quase R$ 700 milhões aos cofres de Mato Grosso, e recolham os vagões entregues.
A pesquisa ouviu usuários e não usuários do sistema público de transporte, sendo que 68% dos entrevistados são moradores de Cuiabá e 32% de Várzea Grande. O intervalo de confiança do estudo é de 95%.
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