Valor Econômico – Previsto para a segunda-feira, o leilão das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) deve atrair o interesse de grandes grupos, mas também tem sido alvo de uma série de questionamentos. O projeto recebeu quase 800 pedidos de esclarecimentos, além de três tentativas de impugnação do edital, todas negadas pela Justiça. O governo do Estado segue monitorando eventuais ações.
Leilão da CPTM gera questionamentos
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O contrato para operar as duas linhas terá 30 anos de duração e prevê R$ 3,2 bilhões de investimentos – grande parte com a compra de trens novos para a CPTM. Vencerá a disputa o grupo que oferecer a maior outorga. O valor mínimo é de R$ 320 milhões. A expectativa do governo é de um ágio até cinco vezes maior.
O mercado considera os projetos atrativos devido ao grande número de passageiros. A linha 8 liga o município de Itapevi até o centro da capital, passando por Barueri, Osasco, Lapa e Barra Funda. A linha 9 une a vizinha Osasco ao Grajaú, zona sul da capital, passando pela marginal Pinheiros.
Entre as empresas que poderão compor os consórcios estão CCR, a gestora Pátria, Acciona e grupos ligados ao setor de ônibus, como Itapemirim (que chegou a anunciar parceria com a Odebrecht), Comporte e CS Brasil.
A elaboração dos contratos de concessões por possuírem prazos longos, acima de trinta anos devem ser minuciosamente descritos com a intervenção obrigatória do sistema jurídico, não devendo dar margens a interpretações dúbias, assim como já aconteceram com os trens intercidades que não se previu compartilhar trens de passageiros com os de carga, aquele bloqueio para os trens da Linha 13-Jade não terem acesso ao aeroporto de Guarulhos e inúmeros outros, no entanto percebe-se uma atitude afoita e despreparada dos gestores principalmente nos períodos eleitorais.
A exclusão do serviço de trens de passageiros intercidades entre a capital e Sorocaba no pacote de concessão, com prazo para ser executado é o verdadeiro motivo neste contrato de concessão ainda estar pendente, pois caso isto aconteça se irá entregar o filet mignon e ficar com o osso e será mais uma vez o estado subsidiando o privado, ou seja, se privatiza o lucro e socializa o prejuízo, e após isso ocorrer não adiantará lamentar.
Seja quem for que vá assumir essa concessão, vai querer apenas lucrar e investir o mínimo possível, e o prazo para as aquisições das novas composições, se não for 18, poderá ser 24, ou até 30 meses para compra que é uma preocupação menor e irrelevante, pois foi algo não foi exigido nas concessões das Linhas-4, 5 e não será também nas 15 e 17, e não faz o menor sentido conforme já mencionado em comentários anteriores, foi colocada como um jabuti nas negociações para desviar a atenção dos incautos, e sim prioritariamente com as reforma e as modernizações de estações, rede aérea, subestações elétricas, via permanente, oficinas, sinalização, enfim toda infraestrutura que requerem maiores investimentos.