G1 – A Justiça de São Paulo suspendeu novamente o contrato entre o metrô e o Consórcio Byd Skyrail, que tem o objetivo de fornecer trens, portas de plataformas, sistemas de sinalização e equipamentos para a Linha 17-Ouro do Monotrilho. Contrato já havia sido suspenso em junho (leia mais abaixo).
A decisão atendeu a um pedido do Consórcio Signalling, que alegou problemas na concorrência. A empresa alega que ofereceu um valor menor para o Metrô, e que mesmo assim perdeu a licitação.
A relatora Silvia Meirelles, do Tribunal de Justiça de São Paulo, decidiu pela suspensão por se tratar de um contrato com valores altos, que pode vir a gerar grave prejuízo aos cofres públicos e consequências danosas à população paulistana.
O Metrô disse que recebeu a decisão com perplexidade, pois o contrato foi assinado há nove meses e está em regular andamento. A empresa disse ainda que irá recorrer.
Contrato O contrato entre o metrô e o Consórcio Byd Skyrail foi assinado no dia 27 de abril de 2020. A fabricação dos trens começou dia 26 de maio e inclui, além do fornecimento de trens, portas de plataformas, sistemas de sinalização e equipamentos para a linha, que vai ligar a estação Morumbi da CPTM ao Aeroporto de Congonhas, localizada na Zona Sul de São Paulo.
No entanto, em junho, o contrato foi suspenso por decisão do Tribunal de Justiça, que atendeu a um pedido do Consórcio Signalling. Em setembro de 2020, a Justiça autorizou a retomada do contrato principal. Com a liberação, o Metrô determinou que a empresa contratada para o serviço iniciasse a fabricação dos 14 trens no dia 1º de outubro.
Obras As obras da linha 17-Ouro do Monotrilho começaram em 2012 e deveriam ter sido finalizadas na Copa do Mundo de 2014. Atualmente, a previsão é a de que ela seja entregue em 2022.
O projeto inicial previa a ligação do estádio do Morumbi ao Jabaquara, na Zona Sul da capital, com 19 estações ao custo de R$ 3,2 bilhões. Agora, ela deverá funcionar apenas entre o aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi, com 8 estações ao custo de R$ 4,5 bilhões.
Atualmente existem seis contratos em andamento para tocar as obras do monotrilho: um para estrutura, como pilares e estações, outro para os trens, três para elevadores, telecomunicações e sistema elétrico, e um especialmente para cuidar da estação Morumbi.
Por isso, a construção as obras de acabamento e paisagismo na via não serão paralisadas, já que estas são feitas pela empresa Coesa Engenharia, contratada em outra licitação.
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