Época Negócios – A Rumo, maior operadora de ferrovias do Brasil, vai assumir integralmente no sábado, 27, as operações de descarga do terminal da Rocha no Porto de Paranaguá, no Paraná. Conforme comunicado da companhia, foram investidos R$ 7,6 milhões em obras de infraestrutura no pátio ferroviário e contratação de 81 novos colaboradores.
Os recursos foram aplicados na construção de quatro novas linhas ferroviárias que passaram a integrar e fazer conexões com as linhas já existentes dos terminais. O “Full Service” operacional oferecido aos clientes é uma iniciativa pioneira da empresa no porto paranaense, construído por meio de uma sinergia operacional com as empresas Cotriguaçu e Rocha, diz a Rumo.
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Além dos trabalhos no terminal da Rocha, a empresa já havia iniciado em fevereiro as manobras no terminal da Cotriguaçu. Juntos, os dois terminais receberam em 2020 aproximadamente 6 milhões de toneladas úteis, volume que corresponde a cerca de 30% de todo grãos embarcado pelo corredor de exportação.
Em números gerais, a empresa estima um aumento de mais de 20% na descarga ferroviária dos dois terminais, comparado com 2019. Entre os ganhos potenciais, estão a redução no tempo de permanência para encoste e retirada, e a redução de 48% no manuseio de vagões.
“Essas melhorias permitirão otimizar os fluxos de descargas dos vagões e reduzir os conflitos urbanos nos arredores do porto”, afirma no comunicado Israel Castro e Souza, diretor da Execução Sul da Rumo. “Com a criação das quatro novas linhas, melhoraremos substancialmente as movimentações dos trens para encoste e retirada, com maior número de movimentações internas, evitando que a passagem em nível da avenida Coronel José Lobo seja bloqueada para manobras”, explica. A concessionária estima uma redução de até 15% na taxa de ocupação da passagem em nível.
A Rumo opera 12 terminais de transbordo, seis terminais portuários e administra cerca de 14 mil quilômetros de ferrovias nos Estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins. A base de ativos é formada por 1.200 locomotivas e 33 mil vagões.
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