Estadão – Mobilidade – Aberto ao público em 1991, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Teresina, no Piauí, tem 13,5 km de extensão, abrangendo 11 estações e transportando, em média, 5 mil passageiros ao dia, entre a Zona Sudeste da cidade e o centro.
Toda a frota foi comprada da companhia húngara Ganz-Mavag, mas boa parte dos vagões já foi substituída por modelos fabricados em 2017 pela empresa brasileira Bom Sinal. Um dos grandes é o valor da passagem: R$ 1, sendo que atualmente discute-se aumentar para R$ 5 o preço da passagem dos ônibus no município.
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Impactos causados pela Covid-19
Por conta da pandemia de coronavírus, a Companhia Metropolitana de Transporte Público (CMTP), que é responsável pela gestão do Metrô de Teresina, decidiu em 20 de março de 2020 paralisar a circulação do VLT como forma de evitar aglomerações no meio de transporte. A decisão causou revolta em muitos cidadãos e cerca de seis estações acabaram sendo depredadas.
O modal ficou sem uso durante oito meses, voltando a ser liberado 25 de novembro de 2020, com capacidade de atendimento reduzida em 50% e menor horário de funcionamento (das 6h50 às 18h30, sendo que antes operava das 5h50 às 19h30).
O aumento da capacidade do VLT vem sendo cobrado pela população por conta da greve de ônibus que ocorre na cidade. Josiene Marques, presidente da CMTP, afirmou em entrevistas a jornais locais que a demanda ainda está de acordo com o esperado pela equipe técnica e que, caso ela aumente, a equipe já está preparada para incluir ao menos mais um VLT dentro da frota que está sendo utilizada.
Características do VLT
O metrô e o VLT têm funções similares, mas usos diferentes. O VLT tem como vantagem o fato de ser mais leve e ter um sistema de trilhos que ocupa menos espaço. Isso possibilita que eles sejam instalados nas ruas e dividam espaço com carros e outros veículos – como acontece na cidade do Rio de Janeiro com o VLT Carioca.
Em contrapartida, esse tipo de modal perde para o metrô em aspectos como capacidade de passageiros por viagem, já que conta com menos vagões e por operar em velocidade mais baixa – entre 20 km/h e 30 km/h , em média.
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