Valor Econômico – O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, considera que os leilões pelo governo vão permitir que o setor se torne uma das “alavancas” da retomada econômica após a pandemia. Durante a abertura do “Infra Week”, que prevê a sequência de leilões de 28 ativos, ele disse que uma das principais contribuições é a geração de empregos.
“Teremos uma semana de celebração de vitórias”, disse o ministro ao manifestar otimismo com o resultado dos leilões. Entre os dias 7, 8 e 9 de abril, o governo negociará a transferência à iniciativa privada de 22 aeroportos, cinco terminais portuários e a concessão do primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).
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Para Tarcísio, os leilões desta semana marcam a etapa final de um “ciclo de estruturação” de projetos, que conta com a aceitação do mercado. “A gente espera realmente que o mercado venha e receba nossos projetos, entendendo o potencial do nosso país”, afirmou no evento virtual.
Os 28 ativos que serão ofertados nesta semana deverão receber R$ 10 bilhões em investimentos. “Teremos uma repercussão econômica forte lá em 2024, 2025 e 2026, quando esse investimento estará se materializando”, afirmou o ministro. Ele prevê a contratação de R$ 260 bilhões em investimentos no segmento nos próximos anos.
“A gente vai ver o Brasil se tornando paulatinamente um grande canteiro de obras por meio da parceria com o setor privado, a confiança de que esses investimentos vão se materializar é em função da curva de aprendizado que trilhamos ao longo desses anos, que nos permitiu fazer estruturação de projeto cada vez mais sofisticada”, afirmou Tarcísio.
Segundo o ministro, um dos grandes objetivos da transferência dos ativos para iniciativa privada é reduzir o custo de logísticas e tornar o país mais produtivo. Ele afirmou que os investimentos programados devem reduzir o custo total do transporte em 2%.
Além disso, Tarcísio disse que os novos projetos vão diminuir de forma significativa os gases poluentes. No caso da Ferrogrão, a ferrovia vai reduzir 1 milhão de toneladas CO² emitido pelo transporte rodoviário.
“Aos poucos a gente vai se tornar cada vez mais competitivo. Aquela máxima de país que é eficiente só da porteira para dentro, e não eficiente da porteira para fora, vai ficando no passado”, disse o ministro.
Questionado sobre a oferta de aeroportos em blocos, Tarcísio considera que o modelo já foi “bem assimilado” pelo mercado. Segundo ele, a estratégia também será usada na rodada de concessão prevista para o próximo ano, com Congonhas liderando o primeiro bloco de terminais de passageiros em São Paulo e Mato Grosso do Sul, e Santos Dumont liderando o segundo bloco de ativos do Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do terceiro bloco formado por aeroportos localizados no Pará e no Amapá.
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