Valor Econômico – O leilão federal da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), marcado para esta quinta-feira (8), não deverá ter concorrência. A expectativa do mercado é que a Bamin (Bahia Mineração) seja a única interessada, conforme já vinha sendo previsto desde o início do projeto. A entrega de propostas para a licitação ocorrerá nesta segunda-feira (5), até o fim da tarde. Para analistas, caso algum outro grupo se habilite para concorrer contra a Bamin, será uma surpresa.
A Bamin já vinha sendo apontada como principal interessada porque sua mina na região é a principal carga que viabilizaria o trecho da Fiol entre Caetité e Ilhéus, que será licitado nesta semana.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
O governo federal tem planos de licitar outros dois trechos da Fiol, que abarcariam outros tipos de carga, principalmente o agronegócio da região. Diante dessa perspectiva, outros operadores chegaram a analisar o leilão, mas, segundo analistas do setor, a participação não deverá se concretizar.
Na avaliação do secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti, um leilão com apenas um interessado não seria um problema. Para o Estado, que será o principal beneficiado pelo projeto, é importante que a ferrovia enfim saia do papel, diz ele.
“É um projeto de mais de 12 anos. O governo aguarda com grande expectativa”, afirma.
A operação da Fiol também depende da construção do Porto Sul, em Ilhéus, para escoar a carga trazida pela ferrovia. A Bamin já tem um terminal de uso privado (TUP) no porto, que está em obras. O leilão também prevê uma área para um novo TUP para o vencedor do leilão — uma forma de garantir isonomia, caso outro operador fique com o contrato.
Segundo Cavalcanti, o porto deverá ficar pronto juntamente com a ferrovia.
Seja o primeiro a comentar