Estadão – Mobilidade – Pensando em se adaptar ao período de mudanças impulsionadas pela pandemia de covid-19, a JR East, companhia japonesa de trens-bala, resolveu adaptar alguns de seus vagões para “escritórios sobre trilhos”. A ideia está sendo testada desde o início de fevereiro em algumas das composições da linha Tohoku Shinkansen, rota que não foi escolhida por acaso, já que é famosa por percorrer o maior trajeto dentro do Japão: quase 700 quilômetros em 3 horas e meia.
Chamado de office car (vagão-escritório, em tradução livre), esse espaço é novidade por oferecer comodidades que auxiliam no trabalho, como roteadores individuais de Wi-Fi e sistema de isolamento acústico para dar mais privacidade aos passageiros.
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Outro grande diferencial é a possibilidade de fazer ligações ou realizar reuniões, atividades que são desencorajadas em um vagão normal, no qual o silêncio é a regra. Para viabilizar o uso da internet para tarefas com alta demanda de consumo e garantir a estabilidade da conexão, foi feita uma parceria com uma empresa de telecomunicações.
Até 26 de fevereiro, todos os passageiros que utilizaram a linha puderam fazer o test-drive do vagão. O uso de máscaras continua obrigatório, e os assentos foram pensados para um período de pandemia, então há um vão maior entre eles.
Em entrevista ao Japan Times, um porta-voz da JR East explicou que a empresa está utilizando o momento atual para entender as necessidades mais comuns dos passageiros que usariam os office cars de forma regular e adaptar o espaço para melhorar a experiência de uso dos clientes.
Expansão e planos futuros
Caso os testes sejam bem-sucedidos, a JR East trabalhará na remodelagem de seus trens-bala para oferecer o serviço de forma permanente aos passageiros. Além da linha Tohoku Shinkansen, a empresa tem planos de adaptar vagões de outras regiões do Japão, como Kanagawa, Chiba e Saitama. O acesso a esses espaços estará incluso no valor padrão da passagem, não sendo necessário pagar um preço extra para utilizá-los.
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