Valor Econômico – A pior seca da bacia hidroviária Tietê-Paraná dos últimos 40 anos deve afetar fortemente o escoamento de grãos da região de São Simão, em Goiás. As barcaças levam 2,5 milhões de toneladas de grãos até o porto de Pederneiras, em São Paulo.
O volume representa menos de 1% da produção nacional de grãos, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 271,7 milhões de toneladas em 2020/21. Mas, para os produtores da região, o volume é expressivo.
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Como os mapas climáticos já vinham indicando que o inverno de 2021 seria de tempo seco, a busca por modais alternativos foi antecipada. “É claro que a perda de um alternativa de transporte é ruim, mas dessa vez não acontecerá o que houve em 2016, quando os embarcadores e os prestadores de serviços hidroviários foram pegos de surpresa”, diz Thiago Péra, coordenador do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP).
Segundo estudo da EsalqLog, naquele ano, o impacto econômico para os embarcadores chegou a R$ 80 milhões. “Tiveram que buscar o transporte rodoviário às pressas, e o frete disparou”, conta Péra.
Em 2021, o sistema de acompanhamento de valores de frete do grupo de pesquisa ainda não detectou aumento no custo. O principal grão a ser transportado por essa rota no momento é o milho safrinha, que ainda está em campo.
A hidrovia Tietê-Paraná é utilizada no transporte de cerca de 5 milhões de toneladas de produtos por ano. Na lista estão, além dos grãos, sal, areia e outros itens da construção civil.
A reportagem parece ignorar que foi inaugurado o terminal de São Simão da Rumo, que pode levar a carga até Santos com um transbordo a menos, pois a hidrovia só vai até Pederneiras, o que requer ferrovia ou rodovia a partir daí até Santos.