G1 – O jornal Primeira Página, da Centro América FM, estreia nesta terça-feira (27) o quadro “Primeira Página Debate”. Os assuntos que estão sendo discutidos em Mato Grosso e no Brasil, serão debatidos por dois especialistas, que vão trazer todos os lados do assunto.
Na estreia, o assunto debatido é a escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou BRT (Buss Rapid Transit), entre o economista e coordenador do Movimento Pró-VLT, Vicente Vuolo, e o professor da Universidade Federal de Mato Grosso e doutor em tráfego, Luiz Miguel de Miranda.
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O debate é mediado pelo jornalista Aldair Santos, que é apresentador do jornal.
Em dezembro do ano passado, o governador Mauro Mendes (DEM) decidiu pela troca de modal do VLT pelo BRT, o que gerou polêmica.
As entidades nacionais rechaçaram qualquer viabilidade técnica na implantação do BRT até 2024 e citam, entre outras coisas, novas desapropriações e caos no trânsito.
Para a decisão, o governador disse ter levado em conta estudos técnicos elaborados pelo estado e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, os quais apontaram que a continuidade das obras do VLT era “insustentável” e demoraria mais seis anos para conclusão.
O estudo apontou diversos riscos na hipótese de implantação do VLT, segundo o governo. Um deles é o valor da tarifa, que ficou orçada em R$ 5,28, montante muito superior ao do transporte coletivo praticado na Baixada Cuiabana, que é de R$ 4,10.
Já na hipótese de instalação do BRT, a tarifa ficaria na faixa de R$ 3,04. Outro revés do VLT estaria no subsídio que o governo de Mato Grosso teria que pagar para que o modal funcionasse: R$ 23,2 milhões por ano.
Com o BRT, a estimativa é que a implantação ocorra em até 22 meses, a partir da assinatura da ordem de serviço para início das obras. O custo de implantação também é consideravelmente menor. Enquanto o VLT consumiria mais R$ 763 milhões, além do R$ 1,08 bilhão já pago, o BRT está orçado em R$ 430 milhões, já com a aquisição de 54 ônibus elétricos. O Governo de Mato Grosso também vai ajuizar uma ação contra o Consórcio para que as empresas que o integram paguem R$ 676 milhões pelos danos causados.
Em março deste ano, uma comissão fez uma visita técnica ao Centro de Controle e Operação (CCO) do VLT em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, e defende a retomada da obra.
A visita contou com representantes da Caixa Econômica Federal, Jean Pejo (ex-secretário de Mobilidade, Silvia Cristina Silva – presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô ( ANPTRILHOS).
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