Valor Econômico – Terminou sem a apresentação de proposta, na manhã desta terça-feira, a licitação organizada pela prefeitura para a escolha de uma empresa que assumiria a bilhetagem eletrônica do transporte público da cidade. Duas empresas, a Sonda e a Tacom, chegaram a enviar representantes, mas nenhum deles fez oferta. A sessão durou apenas cinco minutos.
A Secretaria Municipal de Transportes informou, por meio de nota oficial, que voltará a debater com o mercado para entender eventuais adaptações que possam ser feitas no edital, antes de republicá-lo.
“Ainda vamos avaliar um plano B e um plano C”, declarou a secretária municipal de Transportes, Maina Celidonio.
A escolha de uma nova gestora da bilhetagem eletrônica é essencial na estratégia da prefeitura para reorganizar o sistema de transporte por ônibus do Rio. O município argumenta não ter elementos suficientes sobre a demanda dos serviços porque o Riocard TI, que faz a gestão do sistema, é controlado por empresários que operam as linhas. Na queda de braços, a prefeitura alega que o sistema é uma caixa preta enquanto os empresários dizem que há transparência.
A Sonda tem entre os administradores Alexandre Fleck dos Reis, ex-genro do empresário Jacob Barata Filho. Herdeiro do Rei do Ônibus, Jacob Barata, o empresário controla boa parte das empresas que integram os consórcios que operam na cidade. Em 2019, a Sonda comprou a M2M, que também fazia a gestão da frota de boa parte das empresas. Na incorporação, Alexandre permaneceu como diretor da empresa conforme consulta feita nesta terça-feira pelo GLOBO na Receita Federal.
Por sua vez, a Tacom que tem sede em Belo Horizonte, faz a gestão da bilhetagem em diversas capitais: Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Teresina, Florianópolis e Vitória.
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