Valor Econômico – A CSN chega aos 80 anos “em seu melhor momento” e com planos de dobrar de tamanho nos próximos três anos, com crescimento no mercado brasileiro e no exterior e potenciais aquisições, disse nessa quinta-feira (10) o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch.
Nesse intervalo, os ativos do grupo no exterior deverão representar entre 20% e 30% do total, mediante investimentos de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões. Lá fora, a intenção é dobrar a capacidade dos ativos existentes na Europa e nos Estados Unidos, e há margem para execução de um projeto greenfield em cimento ou siderurgia nos Estados Unidos.
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Também devem haver aquisições no mercado brasileiro, incorporando a oferta de serviços no portfólio da CSN. “Vamos procurar sempre agregar valor e qualidade, incluindo aquisições na cadeia de fornecedores e clientes”, afirmou Steinbruch, em teleconferência com analistas.
O empresário destacou que esse crescimento mais agressivo não ocorrerá em detrimento da alavancagem financeira, de forma que a relação entre dívida líquida e Ebitda será mantida abaixo de 1 vez. “Vamos fazer o crescimento da companhia dentro das premissas que falamos, de alavancagem de até 1 vez, de trabalhar com melhoria de qualidade de todos os produtos, trabalhar o maior valor agregado possível e aproveitar oportunidades de expansão em cada um dos setores em que estamos”, afirmou.
De acordo com Steinbruch, a CSN deve manter o portfólio atual de negócios — siderurgia, mineração, energia, cimento e infraestrutura — e não prevê entrar em novos tipos de produto. A área de energia deve receber investimento considerável, em meio aos planos do grupo de se tornar autossuficiente, e se tornar um “negócio grande e importante”, comentou.
“Alavancagem baixa”
“Nosso crescimento vai ser orientado por alavancagem baixa, compromissos ESG cada vez maiores e uso de tecnologia”, acrescentou. Em relação à descarbonização, a CSN planeja avançar também em preservação, com a aquisição de grandes áreas.
Para crescer, segundo Steinbruch, a CSN decidiu “comprar mercado” e verticalizar as operações tanto no nível dos fornecedores, quando no de clientes. “Vamos trabalhar de forma muito agressiva no mercado interno, tendo como premissa qualidade e valor agregado”, reiterou.
Para 2022, afirmou, as perspectivas são muito melhores do que em 2021, quando os resultados da CSN foram recorde. “A companhia está com condições plenas de fazer muito mais do que foi feito no ano passado, e com uma estratégia de negócios definida e clara”, disse.
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