Folha de S. Paulo (Coluna) – A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) vai fazer uma rodada de conversas com os terminais portuários para procurar formas de mitigar os efeitos da crise de contêineres pela qual o mundo passa desde o início da pandemia.
Há uma escassez motivada pela paralisação nas fábricas em todo mundo e por questões logísticas. O impacto é sentido no Brasil, embora o país seja responsável por apenas 1% da circulação de contêineres no mercado internacional.
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Ao todo, 12 terminais portuários já apresentaram informações sobre as implicações operacionais que estão sendo enfrentadas.
Até o momento, os relatos indicam que um dos principais fatores para o problema no Brasil são as omissões de navios, ou seja, quando as embarcações “pulam” a parada em um porto para cumprir prazos de entregas. Como as embarcações deixam seus contêineres cheios e levam os vazios para outras localidades, ao não parar em um porto, atrapalham todo o planejamento de distribuição.
Os constantes atrasos nos embarques e desembarques de cargas que acessam a costa brasileira também têm sido apontados como um problema.
Estão programadas, ainda, reuniões com armadores de cabotagem e longo curso, os profissionais responsáveis por planejar a logística de cargas nacionais e internacionais, para que a agência tenha maior clareza sobre as questões de navegação que têm impactado o setor.
Sugiro à Antaq uma ação coordenada com Ministério da Economia, SNPTA e MINFRA, uma vez que diversas iniciativas de coleta de informações sobre os problemas, com Exportadores, Armadores e Operadores Portuários já foram programadas. Sem resultado concreto. Mais uma reunião, mais uma coleta de informações, podem ser perda de tempo, se não houver uma ação conjunta do Governo Federal.