Governo recebe os primeiros estudos do ramal ferroviário entre Cascavel e Chapecó

Agência Estadual de Notícias do Paraná – O Governo do Paraná, por meio do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário, recebeu nesta terça-feira os primeiros resultados do Estudo de Viabilidade Técnico e Econômico do ramal ferroviário entre Cascavel e Chapecó, em Santa Catarina. O objetivo é incorporar o trecho ao projeto original da Nova Ferroeste, que vai ligar por trilhos Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá. O outro ramal já confirmado é entre Cascavel e Foz do Iguaçu. De acordo com o levantamento, ainda em caráter preliminar, a linha interestadual entre Paraná e Santa Catarina vai ter uma extensão total de 263 quilômetros. Para essa conexão são necessários 18 túneis e 31 obras de artes especiais, como viadutos e pontes, com capacidade de carregamento de 32 toneladas e meia por eixo. A velocidade máxima autorizada de operação será de 80 quilômetros por hora. O investimento previsto, o chamado Capex, é de seis bilhões e 800 milhões de reais. O estudo custou 750 mil e foi doado ao grupo de trabalho paranaense por diferentes representantes do setor produtivo de Santa Catarina, liderados pela ACIC Chapecó, Associação Comercial e Industrial de Chapecó. A projeção avança agora para uma segunda fase, com a avaliação do impacto financeiro. O presidente da ACIC, Lenoir Broch, destaca a importância da participação do setor produtivo na construção do projeto.

O coordenador do Plano Ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes, lembrou que o trecho com Chapecó já recebeu autorização do Ministério da Infraestrutura, dentro do programa Pró-Trilhos.

Durante a reunião, os integrantes do setor produtivo do Rio Grande do Sul entregaram uma carta sinalizando a contratação de um estudo de demanda do traçado entre Passo Fundo, no estado gaúcho, e Chapecó, conectado ao novo trecho, a ser realizado nos próximos meses. O estado compra três milhões e 500 mil toneladas de milho por ano, a maior parte do Mato Grosso do Sul. A Nova Ferroeste é um projeto do Governo do Paraná que vai ligar o Porto de Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, por trilhos. Ao todo, vão ser mil 304 quilômetros, que vão cortar o Oeste do Paraná, celeiro da produção de grãos do País. Além da linha em estudo até Chapecó, há previsão da construção de um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu que vai permitir a captação de carga do Paraguai e da Argentina. O projeto já nasce como o segundo maior corredor de grãos e contêineres refrigerados do País, o que deve transformar o Paraná num hub logístico da América do Sul por atrair parte da produção de países vizinhos como a Argentina e o Paraguai. Se estivesse em operação hoje, a ferrovia poderia transportar cerca de 38 milhões de toneladas de produtos, 26 milhões de toneladas seguiriam diretamente para o Porto de Paranaguá. A proposta está em processo de obtenção da Licença Prévia Ambiental junto ao Ibama. As audiências públicas devem ter início em maio. O projeto deve ir a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo no segundo semestre. O investimento é de quase 30 bilhões de reais. A empresa ou consórcio vencedor fará a obra e poderá explorar a ferrovia por 70 anos.

Fonte: https://www.aen.pr.gov.br/Audio/Governo-recebe-os-primeiros-estudos-do-ramal-ferroviario-entre-Cascavel-e-Chapeco

4 Comentários

  1. Esse comentário acima,merece uma reflexão,tal a clareza com o que o Sr Paulo,dissertou..ACORDA BRASIL!

  2. Os comentários anteriores têm fundamentação/origem. A falta de consistência rstá na proposta do Governo do Paraná. Eleitoreiro, sua sobrevida é curta: outubro/2022; com ou sem reeleição do atual governador.

  3. Porque ligar Chapeco a Passo fundo, se ja existe um leito ferroviário que passa em Erechim e desce para passo fundo.
    Se ligar Chapecó a Erechim, serão so 75 km de nova ferrovia, o restante de Erechim a Passo fundo so precisa de revitalização.
    Jairo Brugalli Flores

  4. lemrando aos “expertos em ferrovia que o Governo do Estado de Santa Catarina “gastou mais uma vez em Estudos etc o trecho ferroviário entre Chapecó até Correia Pinto onde está previsto a interligação com o famoso TPS-=Tronco Principal Sul hoje sub utilizado pela Rumo Logística que infelizmente escolhe carga. Outro detalha na cidade de Herval D’Oeste (SC) temos também a interligação com a Ferrovia do Contestado que com poucos investimentos poderia também dar acesso ao Porto de São Francisco do Sul , além de captar toda a carga da região do Meio Oeste Catarinense principalmente as agroindústrias do Vale do Rio do Peixe diversas unidades da BRF-Brazil Foods (Perdigão e Sadia) e ADM que exporta muito farelo de soja ao exterior hoje toda essa carga é movimentada por via rodoviária haja visto que a citada ferrovia foi “abandonada desde julho_1997 pela concessionária a época ALL e hoje Rumo Logística, com a desculpa de muitas curvas no trecho etc, porém com algumas modificações , troca do perfil dos trilhos, dormentes e fixação elástica bem como dormentes investimentos na via permanente a mesma poderá voltar operação tornando-se um corredor logístico para toda região. Nós brasileiros temos que aprender muito principalmente com o sistema ferroviário Europeu que é um dos mais antigos do mundo, onde praticamente as linhas construídas na segunda metade do século 19 ainda hoje estão a todo vapor , apenas foram modernizadas para passar as modernas composições da atualidade. Aqui no Brasil basta ter vontade e principalmente a responsabilidade de não rejeitar infraestrutura construída bastando apenas como citei a sua atualização e modernização. Att Paulo Roberto

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0