Valor Econômico – Uma nova rodada de aumento de preços da celulose de fibra curta começou a ser implementada por produtores sul-americanos na China, apurou o Valor.
Segundo fontes de mercado, a Klabin já comunicou a seus clientes um reajuste de US$ 30 por tonelada a partir de 1º de maio, em movimento que foi acompanhado pela chilena Arauco e, agora, pela Bracell.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Com esse aumento, a celulose de fibra curta passa a ser negociada a US$ 810 para os pedidos faturados a partir do fim deste mês, disse uma fonte.
Nesta semana, segundo a Fastmarkets Foex, o preço líquido da fibra curta subiu a US$ 784,02 por tonelada na China, com alta de US$ 91,90 em um mês e de US$ 0,40 em uma semana.
O preço líquido da celulose de fibra longa, por sua vez, avançou US$ 2,80 na semana no mercado chinês, para US$ 979,53 por tonelada. No mês, a valorização é de US$ 57,90 por tonelada.
Na revenda chinesa, por outro lado, a celulose de eucalipto registrou baixa de US$ 6,20 por tonelada, para US$ 800,79 por tonelada, conforme o BTG Pactual.
Uma combinação de fatores tem contribuído para que os preços da celulose sigam surpreendendo até mesmo os produtores em 2022. Greves, guerra na Ucrânia, ruptura na cadeia logística global e em determinadas regiões e a concentração de paradas programadas para manutenção em fábricas da América do Sul, em um momento de demanda aquecida em particular na América do Norte e na Europa, explicam o rali recente da matéria-prima.
Nesta sexta-feira, uma greve dos trabalhadores da UPM que já se estendia por 16 semanas, na Finlândia, chegou ao fim. Segundo a agência Reuters, um mediador nacional teve êxito ao propor um acordo entre as diferentes unidades de negócio da companhia e sindicato.
Antes do acordo, cerca de 2 mil trabalhadores da UPM que paralisaram atividades desde janeiro haviam acertado a extensão da greve até 14 de maio.
Seja o primeiro a comentar