O Tempo – Após nova assembleia geral realizada na noite desta quarta-feira (6), os metroviários de Belo Horizonte decidiram pela manutenção da greve do serviço em Belo Horizonte por tempo indeterminado. Com isso, já são 17 dias em escala mínima, das 10h às 17h – horário insuficiente para a maioria da população.
O encontro ocorreu na Estação Central do metrô e reuniu empregados e diretores do Sindicato dos Metroviários (Sindmetro). De acordo com o presidente da entidade, Romeu José Machado, a reunião deliberativa terminou “como o esperado”, já que, segundo ele, não houve nenhuma sinalização do Governo Federal para uma abertura nas negociações.
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“Não está nas nossas mãos. Mesmo com todo o transtorno causado à população, mesmo com nós, dispostos a encerrar a paralisação e retornar ao trabalho já no dia seguinte, o governo não deu nenhuma sinalização. Por isso, a categoria decidiu por manter a manifestação”. Conforme Romeu, 90% dos metroviários aderiram à greve na capital mineira.
A diretoria do Sindicato dos Metroviários ainda informou que fará uma reunião fechada na próxima segunda ou terça-feira (12). Ainda não há data para nova assembleia dos empregados.
Reivindicação por diálogo
Ainda de acordo com o presidente do Sindmetro, os trabalhadores reivindicam uma negociação direta com a União no caso da privatização dos trens da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-BH). “Somos concursados. Não entramos com indicação política de ninguém. A gente entende que, no mínimo, deveria ter havido uma negociação prévia”, finalizou.
A reportagem de O Tempo procurou os ministérios da Economia e do Desenvolvimento Regional – responsáveis pela condução do processo de desestatização do metrô – e aguarda um posicionamento sobre a manutenção da greve em BH.
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