Vale aprova construção de ponte no Pará em projeto de R$ 3,9 bilhões

Fachada da Sede da Vale, no centro do Rio de Janeiro; documento diz que projeto da mineradora vai aumentar a capacidade da Estrada de Ferro Carajás e melhorar o fluxo de tráfego ferroviário, mitigando riscos de negócios Foto: Fábio Motta/Estadão
Fachada da Sede da Vale, no centro do Rio de Janeiro; documento diz que projeto da mineradora vai aumentar a capacidade da Estrada de Ferro Carajás e melhorar o fluxo de tráfego ferroviário, mitigando riscos de negócios Foto: Fábio Motta/Estadão

Estadão – A mineradora Vale aprovou a construção de uma ponte ferroviária sobre o Rio Tocantins, em Marabá (PA), em um projeto previsto para ter início em 2027 com investimento total de US$ 830 milhões (aproximadamente R$ 3,9 bilhões em valores atuais).

As informações estão no relatório 20F, enviado pela mineradora à Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos.

De acordo com o documento, o projeto foi aprovado em março de 2022 e vai aumentar a capacidade da Estrada de Ferro Carajás (EFC), melhorando o fluxo de tráfego ferroviário e mitigando riscos de negócios.

O projeto inclui uma segunda ponte rodoviária para tráfego de veículos, que reforçará a ligação entre o Sudeste do Estado do Pará e o litoral norte brasileiro.

“A única ponte atual faz parte da ferrovia EFC, por onde escoamos toda a nossa produção de minério de ferro do Sistema Norte, bem como o concentrado de cobre produzido no Estado do Pará”, explica a empresa no documento

Empresa reduz estimativa de reservas de minério de ferro
No relatório arquivado na noite de quinta, a Vale também registrou queda de 13,5% em suas reservas totais de minério de ferro em 2021, atingindo um volume de 12,495 bilhões de toneladas. No ano anterior, somavam 14,423 bilhões de toneladas.

Esse volume, que inclui as reservas provadas e prováveis, está em queda desde 2017.

Do volume total de reservas no fim de 2021, as reservas provadas, para as quais todas as licenças ambientais foram obtidas, representavam 3,86 bilhões de toneladas. As reservas prováveis, que têm o processo de licenciamento em andamento, somaram 8,636 bilhões de toneladas no fim do ano passado. O Sistema Norte da Vale, que inclui Carajás, responde praticamente por metade das reservas totais, com 49%.

“Variações nas reservas de minério de ferro de 2020 para 2021 refletem principalmente o esgotamento resultante da produção mineral nas minas em operação (correspondente a aproximadamente 414 milhões de toneladas), downgrades (quedas) resultantes da revisão estratégica de projetos de longo prazo e outros pressupostos de fatores modificados (geotécnicos, mercado e processamento)”, informa o documento.

Segunda maior produtora global de minério de ferro, a Vale detalha ainda as principais mudanças ocorridas em suas reservas. No Sistema Sudeste, as reservas foram reduzidas de 4,3 bilhões de toneladas para 2,7 bilhões de toneladas, redução de 36,7%. A mudança reflete principalmente a revisão de um projeto de processar itabiritos de baixo teor das operações de Mariana para refletir novas soluções técnicas da empresa.

No Sistema Norte, as reservas minerais do S11D, em Canaã dos Carajás, no Pará, foram reduzidas em 157 milhões de toneladas por causa da incorporação de novas informações geológicas e esgotamento, correspondendo a 3,5% das reservas minerais da Serra Sul.

As reservas minerais da Serra Norte tiveram redução de 127 milhões de toneladas por causa do esgotamento, correspondendo a 7,4% do mineral.

Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,vale-ponte-para,70004039489

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