Diário do Transporte – A ViaMobilidade, concessionária das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda em São Paulo, não vai precisar por a mão no bolso no bolso para usar as peças e equipamentos que vão ser cedidos pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para tentar melhorar a operação das linhas que, desde janeiro de 2022, quando começou a operação única da concessionária, têm registrado problemas consecutivos quanto à qualidade e até confiabilidade dos serviços.
A informação foi confirmada pela STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) ao Diário do Transporte que questionou a pasta nesta sexta-feira, 27 de maio de 2022, sobre como seria este “empréstimo”.
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Segundo a secretaria, por meio da assessoria de imprensa, não haverá cobrança por se tratar de uma colaboração para melhorar o atendimento ao cidadão.
Entretanto, ainda segundo a STM, a concessionária vai ter de posteriormente repor estes materiais à estatal.
Como mostrou a reportagem, a CPTM vai ceder as peças e equipamentos no âmbito de um acordo fechado entre o Governo do Estado e a concessionária.
Este acordo também prevê a criação de uma força-tarefa entre o poder público e a ViaMobilidade.
Além disso, pelo que foi combinado, a CPTM vai ceder, já a partir de segunda-feira, 30 de maio de 2022, mais duas plataformas da estação Barra Funda (as de números 3 e 4) para a linha 8 operada pela concessionária formada pelos Grupos CCR (gigante de concessões) e Ruas (ligado aos ônibus municipais da capital paulista).
Ainda de acordo com os esclarecimentos da STM ao Diário do Transporte nesta sexta-feira (27), estas peças e equipamentos que serão cedidos não farão falta neste momento à CPTM pelo fato de a estatal ter estoque, não afetando a operação e manutenção.
A STM ainda esclareceu que o uso das duas plataformas a mais na Barra Funda também não terá custo à concessionária e será por tempo indeterminado.
Na segunda-feira (30), o Ministério Público, que investiga os problemas nas linhas, deve ouvir mais representantes da ViaMobilidade e o presidente da Comissão de Monitoramento de Concessões e Permissões da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, Paulo Shibuya, como antecipou o Diário do Transporte.
O MP não descarta, em último caso, pedir a anulação da concessão, mas isso só se as outras medidas possíveis não surtirem efeito.
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