O Documento (MT) – O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV), e o secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Juares Samaniego, acompanharam na manhã desta sexta-feira (8) o trabalho de fiscalização da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, nas obras inacabadas do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande.
A Comissão presidida pelo deputado federal Hildo Rocha, foi articulada pelo deputado federal Emanuel Pinheiro Neto – Emanuelzinho, e aprovada na Câmara Federal em maio de 2022, após requerimento apresentado pelo deputado federal Gutemberg Reis e subscrito pela deputada Christiane de Souza Yared.
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“O VLT é viável tanto em Cuiabá e Várzea Grande, como em outras cidades do Brasil e do mundo. Os vagões que aí estão possuem a tecnologia adequada e estão bem mantidos, os equipamentos podem ter mais de 50 anos de utilização, diferente do sistema BRT que deve ser trocada as baterias a cada oito anos, o que representa mais de 50% do custo. Os recursos de R$ 1 bilhão foram investidos, a infraestrutura já está praticamente pronta e não concluir essa obra é um prejuízo enorme para a população, que merece um sistema de qualidade”, destaca o presidente da Comissão.
Na quinta-feira (7), Cuiabá realizou a Conferência Municipal Sobre o Modal de Transporte Público (VLT X BRT), que promoveu um debate político e técnico para garantir transparência às informações e apresentar as vantagens e ou desvantagens dos dois modais.
Hoje, a Comissão da Câmara Federal deu início à vistoria pela Avenida Fernando Corrêa, no Viaduto Jornalista Clóvis Roberto, depois seguiu para a Avenida Palmiro Paes de Barros, no viaduto que dá acesso ao município Santo Antônio do Leverger. A equipe visitou também a região do Largo do Rosário e passou pelas obras na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, no viaduto Jamil Boutros Nadaf. Em seguida, os membros da Comissão partiram para a cidade de Várzea Grande, onde fiscalizaram a Avenida da FEB, e depois seguiram para o Centro de Manutenção e Controle Operacional (CMCO) do VLT Cuiabá-Várzea Grande, local de armazenamento dos trens do VLT.
“É o Brasil olhando para Cuiabá, de dentro para fora não estava surtindo resultados. Então, chegamos nessa articulação dos deputados Emanuelzinho e José Medeiros de inverter a estratégia. O Brasil vai pressionar Cuiabá, Várzea Grande e Mato Grosso para evitar que esse maior escândalo com o dinheiro público não se eternize e para que possamos comprovar através da paralisação das obras, que todos os dados que o Governo do Estado utilizou para trocar o modal para BRT foram fraudados, conforme foi evidenciado ontem por técnicos e especialistas durante a Conferência. O TCU vai julgar o mérito da nossa ação que suspendeu a licitação do BRT e, após o final do relatório técnico da Comissão, vão ter os instrumentos necessários para anular a lei na Assembleia que autorizou a troca do modal e conseguir na justiça a retomada e conclusão das obras do VLT”, declara o prefeito Emanuel Pinheiro.
Articuladores da visita, o deputado federal Emanuelzinho, e o deputado federal, José Medeiros, também acompanharam a fiscalização e explicaram que após a vistoria, os técnicos da Comissão vão preparar o relatório que será encaminhado aos órgãos competentes. O prazo para finalização do relatório é de dois meses.
“A partir de agora será feito um relatório oficial da Câmara, que será remetido aos órgãos oficiais, Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal e que poderá ser utilizado pelo judiciário. Isso não vai ficar bom para quem quer jogar todo esse R$ 1 bilhão para debaixo do tapete’, pontua Medeiros.
“Essa é uma defesa de Cuiabá e Várzea Grande, tendo em vista que técnicos de autoridade incontestáveis estão afirmando que não há projeto, que não houve cálculo de tarifa, as desapropriações sobre licença ambiental e não houve planejamento de nada. Então, foi um tiro no escuro com interesses subalternos porque não houve qualquer discussão com a população. Então, a minha luta para que a Comissão de Transporte viesse fiscalizar foi justamente para dar uma luz nas sombras do VLT com informações técnicas e concretas”, acrescenta Emanuelzinho.
Participaram ainda o ex-secretário da Secretaria Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos e secretário-geral da Associação Latino-Americana de Ferrovias (ALAF), Jean Carlos Pejo, e do presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate, o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso (CRECI/MT), Claudecir Contreira, o vereador e presidente da Comissão de Transportes da Câmara Municipal, Sargento Vidal, entre outros convidados.
VLT
Com 22 quilômetros de extensão, ligando Cuiabá e Várzea Grande pelos eixos Aeroporto-CPA e Porto-Coxipó, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) possui 40 trens com 7 vagões cada. Cada trem comporta 400 pessoas, com capacidade de transportar mais de 100 mil pessoas por dia.
Os trens são movidos a tração elétrica, com velocidade máxima 70 km/hora. Além disso, o VLT é equipado com ar-condicionado, sistema de entretenimento, áudio e vídeo, caixa preta para registro de eventos e dados de voz, câmeras de vigilância interna e externa. O sistema de economia de energia possui baterias e supercapacitores que captam a força nas frenagens, armazenam a energia e utilizam na tração do veículo, garantindo mais sustentabilidade ao modal.
E só nesse Brasilzão de meu Deus que acontece uma coisa desse naipe… BRT é conversa pra boi dormir, nunca, jamais terá a capacidade de um sistema sobre trilhos!! o VLT é a solução adequada e efetiva para o transporte em grandes corredores metropolitanos.
Belo Horizonte caiu no conto do vigário e hoje a população já descobriu que o sistema de BRT, aqui chamado de MOVE, foi um ENGODO como solução de linhas troncais e estruturantes. O serviço aqui chega a ser DEGRADANTE, com a população refém de um transporte CAÓTICO como o era nos anos 70, ou seja, desde sempre…
Muito menos quente do que Cuiabá, por aqui já se perdeu a conta dos casos de veículos desse famigerado BRT se incendiando nos corredores da cidade, na mais pura constatação de serem veículos INADEQUADOS para o fim a que foram submetidos.
Já passou da hora de recuperar o tempo perdido e recolocar a capital desse estado tão promissor do nosso País no patamar das metrópoles mais evoluídas do Planeta. Tem que se dar um basta para essa mentalidade arcaica ligada ao empresariado (sic!) dos ônibus no Brasil, verdadeiros mafiosos que são!!
Felizmente uma decisão acertada. Cuiabá e Varzea Grande merecem o VLT.