Metrô CPTM – Se existisse hoje, o Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas custaria cerca de 50% a mais que um bilhete de ônibus, mas economizaria ao menos 25 minutos de tempo (em caso de não existir trânsito no trajeto, o que é pouco provável).
Segundo documentos a que o site teve acesso, o governo do estado estima que a tarifa do serviço expresso entre a capital paulista e Campinas custaria a valores atuais R$ 63,11. A viagem, entre a antiga estação central da cidade do interior e o terminal multimodal da Barra Funda terá tempo estimado em 64 minutos, com apenas uma parada, em Jundiaí.
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Atualmente, uma passagem de ônibus entre as duas cidades pode custar entre R$ 38 e R$ 41, segundo levantamento do site Quero Passagem. Ou seja, o futuro usuário do TIC arcaria com um custo mais alto para chegar antes ao seu destino. A vantagem é realizar uma viagem mais previsível e um pouco mais veloz, mesmo com a parada no caminho.
Enquanto os ônibus enfrentam possíveis congestionamentos para chegar ao Terminal Rodoviário do Tietê, o trem regional fará sua parada final em Barra Funda, onde o passageiro poderá seguir viagem pela rede metroferroviária, tendo como opções as linhas 11-Coral, 8-Diamante, 13-Jade e 3-Vermelha. Na época em que o TIC estiver operando, haverá também a Linha 6-Laranja a uma estação do local.
Além da viagem no trecho total do Trem Intercidades, a concessionária também oferecerá a ligação expressa entre São Paulo e Jundiaí e Campinas-Jundiaí. O preço estimado da tarifa será de R$ 35,37 no primeiro caso e de R$ 27,75 no segundo. Imagina-se que o tempo de viagem será bastante curto, em cerca de 30 minutos em ambos os trajetos.
A viagem por ônibus entre Jundiaí e Campinas custa hoje R$ 16,90, ou 40% meno que a tarifa projetada para o TIC, mas o tempo de viagem é mais que o dobro, o que mostra que o trem regional pode encontrar uma demanda bastante grande.
Já a ligação rodoviária entre Jundiaí e a capital paulista sai por cerca de R$ 20, com tempo mínimo de viagem de 50 minutos para Barra Funda. Novamente, o serviço expresso ganha na velocidade, mas perde no preço.
Os valores citados aqui servirão como referência no edital de concessão e poderão ser alterados pela futura operadora, que terá autonomia para defini-los, desde que obedecendo um teto a ser estabelecido no contrato.
A opção entre ônibus e trem, no entanto, só deverá estar disponível na melhor das hipóteses em 2030, prazo imaginado para que o Trem Intercidades comece a operar.
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