Metrô CPTM – Nesta quinta-feira (25), o Metrô de São Paulo publicou no Diário Oficial a rescisão unilateral com o consórcio TSEA-Ferreira Guedez Adtranz, que deveria ter realizado o projeto de sistemas de alimentação elétrica da notória Linha 17-Ouro, de monotrilho.
A informação foi repercutida sem questionamentos por alguns veículos de imprensa, incluindo a TV Globo. No entanto, a “notícia” não é nova já que o Metrô havia decidido rescindir o contrato com o consórcio desde o final de maio.
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Na ocasião, este site já alertava para a estranha situação em que o Metrô se encontrava: enquanto rescindia o contrato com o referido consórcio após o não cumprimento do acordado, a empresa estatal anunciava a escolha de dois integrantes deste o mesmo grupo para realizar a obra.
A Adtranz e a Ferreira Guedes fizeram a proposta de menor valor no novo edital de sistemas de alimentação elétrica, mas 193% mais alta que o havia sido acertado no primeiro e fracassado contrato.
A escolha das mesmas empresas do contrato anterior motivou os concorrentes a entrar com recurso administrativo contra a decisão do Metrô. Por conta disso, a licitação está suspensa desde 10 de junho, ou seja, há cerca de dois meses e meio.
Para o G1, o Metrô afirmou que o consórcio que teve o contrato rescindido recebeu “aplicação de multa e a sanção imposta com a rescisão está judicializada”. Detalhes sobre isso, no entanto, não aparecem no site de licitações da empresa ou mesmo no Diário Oficial. A publicação sobre a rescisão em maio também não foi mais encontrada por este site, por conta da atualização feita nesta semana, pelo que o site apurou.
A obra de alimentação elétrica da Linha 17 é crucial para que o ramal possa operar já que sem energia não há como movimentar o carrossel de trens. Apesar disso, o governo atual sinaliza que pretende inaugurar a linha de oito estações no final de 2023.
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