Folha de S. Paulo – A renovação antecipada da concessão da MRS Logística resultará em investimentos de R$ 11 bilhões na expansão da capacidade das operações, com a construção de terminais, pátios, remodelação da ferrovia e compra de locomotivas, vagões e equipamentos.
A empresa administra 1.643 quilômetros de trilhos no Sudeste, em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, entre eles o trecho que leva ao porto de Santos, o mais importante da América Latina.
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Com concessão assinada em 1996 por 30 anos, a renovação antecipada, por mais 30 anos, permitirá que ocorra uma aceleração dos investimentos, de acordo com Guilherme Segalla de Mello, presidente da MRS.
“Vamos ter um cenário até 2056 para tomar as decisões de investimento. Hoje, a concessão que terminaria em 2026 entraria em fase de postergar ou evitar grandes investimentos, já que ferrovia é muito capital intensivo. A antecipação de cinco anos permitirá antecipar mais de 10 ou 15 anos de investimentos futuros na ferrovia”, disse.
A assinatura acontecerá na manhã desta sexta-feira (29), em Juiz de Fora (MG).
Os investimentos serão feitos nos três estados em que ela atua. No Rio, serão R$ 600 milhões em pátios e terminais intermodais, enquanto para Minas Gerais a previsão é de R$ 800 milhões, também em terminais intermodais e melhorias em trechos de conflitos urbanos.
A maior parte do investimento ocorrerá em São Paulo, com R$ 2,2 bilhões em obras de duplicação de trilhos e R$ 1 bilhão para melhorar a logística de acesso dos trens ao terminal do porto de Santos.
De acordo com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a concessionária administra uma malha por onde passa 30% da carga ferroviária do país.
“A ambição específica da MRS, ao fim do término do novo contrato, em 2056, é multiplicar por sete nossa capacidade de transporte de contêineres”, disse o presidente da concessionária.
Um trem carregado de minério equivale a 360 caminhões. A MRS utiliza em média 23 por dia, o que representa mais de 8.000 caminhões. A frota da empresa é de 800 locomotivas e mais de 18 mil vagões, 16% do total do país.
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