Metrô CPTM – Sem surpresa, o governo Rodrigo Garcia lançou uma nova licitação de anteprojeto de engenharia, estudo de impacto ambienta e projeto básico de um novo ramal do Metrô, desta abordando a Linha 16-Violeta. As propostas serão recebidas no dia 24 de novembro, na sede da companhia, na região central.
A publicação do edital que dará origem aos estudos iniciais da nova linha metroviária, ocorre a menos de quatro semanas das eleições gerais, em que Garcia concorre a reeleição. Há uma semana, o Metrô de São Paulo lançou a licitação de anteprojeto da Linha 22-Marrom, que pretende conectar o município de Cotia à estação Sumaré.
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Ambos os ramais estão bastante distantes de se tornarem realidade, mas curiosamente o Metrô decidiu incluir também o projeto básico no escopo do contrato, que é usado para viabilizar a contratação das obras ou então a definição de uma futura concessão à iniciativa privada.
Os detalhes do edital só serão conhecidos na terça-feira, 13, mas a Linha 16-Violeta já teve seu traçado preliminar divulgado em outras ocasiões. Este site publicou em primeira mão a existência do estudo, em 2018, portanto, ainda na gestão de Geraldo Alckmin.
Segundo o Metrô, a Linha 16 passará pelos bairros de Jardim Brasília, Jardim Aricanduva, Vila Formosa, Mooca, Cambuci, Aclimação, Paraíso, Jardim Paulista e Cerqueira César. Terá a princípio 23 estações em 32 km de extensão, com conexão às linhas 1-Azul, 2-Verde, 4-Amarela e 10-Turquesa e futuramente com a Linha 2 também em Anália Franco e com a Linha 15-Prata.
A Linha 16 substituiu o trecho leste da Linha 6-Laranja, que vai até a estação São Joaquim. Nos planos iniciais, a extensão previa chegar até Cidade Líder, porém, o Metrô decidiu estendê-la até Cidade Tiradentes, penúltima estação da Linha 15, de monotrilho, (Hospital Cidade Tiradentes será terminal desse ramal). O mapa de estações cita até a Linha 14-Ônix, da CPTM, em fase de estudos.
O Metrô tem estudado a adoção de soluções inéditas na Linha 16 como o uso de elevadores de alta capacidade em estações de menor demanda e a escavação dos túneis por uma tuneladora de grandes dimensões. Com isso seria possível construir vias e plataformas diretamente com os “tatuzões”.
Com o novo ramal já são quatro novos empreendimentos em estudo pelo Metrô:
Linha 19-Celeste (Guarulhos-Anhangabaú): é a mais perto de se tornar realidade por conta do início do projeto básico e estudos geológicos. Ainda assim, a decisão de lançar a licitação das obras ficará para a próxima gestão estadual.
Linha 20-Rosa (Lapa-Santo André): passa por vários estudos, entre eles o de anteprojeto e também de viabilidade comercial. Por conta da grande extensão e o fato de percorrer trechos complexos, é um projeto ainda bastante incerto.
Linha 22-Marrom (Cotia-Sumaré): teve o edital de anteprojeto e estudo ambiental lançado na semana passada, mas o Metrô não sabe ainda nem mesmo que tipo de modal será usado.
Linha 16-Violeta (Oscar Freire-Cidade Tiradentes): assim como a Linha 20, percorre regiões de alto poder aquisitivo em parte do traçado além de prever uma estação de conexão em Paraíso, onde já existem duas outras linhas.
Horizonte na próxima década
Em comum, os quatro projetos de linha são importantíssimos e levarão São Paulo a atingir uma malha sobre trilhos bem perto da ideal quando forem concluídos. No entanto, não existe mágica para tirá-los do papel. Na melhor das hipóteses, a Linha 19 pode ficar pronta no início da próxima década, já as demais têm horizonte além disso, daqui a pelo menos dez anos. Isso caso o próximo governante dê sequência a elas em sua gestão.
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