Difícil explicar a lógica de alguns acontecimentos no Brasil, quando a sensação é que algumas coisas andam sempre na contramão. Enquanto Cuiabá desistiu do VLT e vai dedicar a via ao ônibus, o Prefeitura do Rio de Janeiro anuncia que pretende implantar Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) nos corredores de ônibus.
O sistema, conhecido como BRT, deveria ter melhorado a mobilidade na cidade, como legado das Olimpíadas, mas é um “case” de fracasso.
O Rio que, pelo mesmo legado, ganhou três linhas de um moderno VLT sem catenária, não soube estimar sua demanda. No VLT Carioca, ela ficou muito abaixo do esperado, enquanto no sistema de BRT a demanda explodiu, causando superlotação e insegurança aos passageiros.
Seja em Cuiabá ou no Rio, não importa se sobre rodas ou sobre trilhos, a lição a ser aprendida é que o sucesso ou o fracasso de um projeto depende da seriedade e da qualidade dos estudos em que são concebidos.
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