O Tempo (MG) – A questão da execução das transposições na linha férrea que corta Betim – obras aguardadas há anos pela população – teve um importante avanço nesta semana. Nessa quinta-feira (24), o prefeito Vittorio Medioli assinou com a VLI, empresa que administra a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), o acordo para a execução de transposições no município mediante a renovação da concessão da empresa com o governo federal, prevista para o ano que vem. O investimento será de cerca de R$120 milhões.
Pelo documento assinado, será executado um viaduto sobre a linha férrea que passa no centro da cidade: o viaduto sairá da Valadares e vai bifurcar, tendo uma ponta para a avenida e a outra saída para o Mercado Central (Ceabe).
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Também serão construídas duas trincheiras no Alterosas, sendo uma na Campos de Ourique ligando a avenida à Arthur Trindade e outra unindo as ruas Marquês de Pombal e Afonso Cândido de Souza (próximo à UPA Alterosas), além de mais um viaduto com passarela na região do Imbiruçu, sobre a avenida Juiz Marco Túlio Isaac, ligando os bairros Teresópolis e Laranjeiras.
Medioli ressaltou que as transposições, além de destravarem os principais gargalos que existem atualmente de mobilidade em Betim, não demandarão desapropriações. “Os pré-projetos estão aprovados e confirmados, com uma cláusula que prevê que alguns pequenos ajustes podem ser feitos para melhorar as obras, mas sem encarecer as suas execuções. Esperamos que as construções sejam iniciem em julho do próximo ano, e a expectativa é que as obras sejam feitas em 15 meses após a autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)”, esclareceu o gestor.
Para o secretário municipal de Ordenamento Territorial e Habitação de Betim, Marco Túlio Freitas, do ponto de vista urbanístico, as transposições corrigem falhas no planejamento da cidade. “A conexão entre os espaços urbanos será possível sem interrupções que causam grandes prejuízos à população em diversas áreas”, destaca.
Presidente da Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projetos, Transporte e Trânsito de Betim (Ecos), Marinésia Makatsuru salienta que as obras são essenciais para Betim: “São melhorias que têm como objetivo reduzir os impactos causados pela passagem da ferrovia no município, trazendo mais segurança a motoristas e transeuntes”.
Medioli adiantou que, na próxima quarta-feira (30), irá até Brasília para solicitar que a ANTT acelere a liberação da execução das obras. “Felizmente, o Ministério da Infraestrutura já deu a concordância e assumiu a difícil tarefa de convencimento da VLI para realizar as transposições em Betim”, esclareceu o prefeito à reportagem.
Por meio de nota, a VLI declarou que os projetos de construção das transposições contribuirão para a mobilidade urbana de Betim.
A empresa ressaltou também que esses e os demais investimentos ainda serão validados junto à União ao longo do processo.
Be the first to comment