Correio Braziliense – O setor de infraestrutura brasileiro registrou crescimento em 12 dos 14 indicadores da área entre o segundo e o terceiro trimestres de 2022. A informação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que avalia a alta como a indicação de “uma trajetória de recuperação da demanda” por serviços do tipo no país.
Entre os indicadores em alta, o destaque é para o transporte aéreo de passageiros, que registrou aumento de 18,18% na demanda em comparação ao segundo trimestre de 2022. A expansão do indicador chega a 52,48% se comparada ao terceiro trimestre de 2021.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Para esse nicho do mercado, o próximo desafio a ser superado para avançar no crescimento é “restabelecer o nível de demanda por voos internacionais, após a retomada na procura por voos domésticos”, aponta Ramon Cunha, especialista em infraestrutura da CNI.
Dos 14 indicadores, houve retração apenas no consumo de energia elétrica de unidades não pertencentes à indústria (-1,94%) e no transporte aéreo de cargas (-1,1%). Para Ramon Cunha, os indicadores se recuperam em ritmos diferentes após a pandemia da covid-19 e o início da guerra na Ucrânia.
“Os eventos exógenos observados nos últimos dois anos, como a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia, exerceram forte influência na cadeia produtiva nacional. Embora venha ocorrendo a retomada dos níveis de atividade, a magnitude desses efeitos e o ritmo de recuperação das atividades não são os mesmos para todos os setores da infraestrutura”, destaca o especialista.
Para conquistar o crescimento em todos os indicadores, Ramon avalia que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve priorizar investimentos na área, “uma vez que há um enorme déficit de serviços de infraestrutura após a economia brasileira superar as paralisações decorrentes da pandemia”.
Seja o primeiro a comentar