UOL – O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) costura um acordo com a China para ter acesso a créditos e financiar projetos no Brasil, tanto no que se refere à infraestrutura como à transição energética.
O entendimento está em sua fase final e poderia ser assinado durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Pequim, nesta semana. Mas com o cancelamento da viagem por conta de uma pneumonia, o entendimento também terá de esperar até que os presidentes dos dois países se reúnam.
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Na comitiva de Lula também estaria o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Mas a decisão dos governos do Brasil e da China foi a de suspender qualquer anúncio.
Ainda que muitos dos acordos estivessem prontos ou próximo de um acerto final, anúncios nesta semana sem a presença de Lula esvaziariam sua própria viagem, num futuro próximo.
Natália Dias, diretora de Mercado de Capitais do BNDES, afirmou nesta segunda-feira em Pequim que o atual desembolso do banco é de R$ 100 bilhões. Isso representa 0,7% do PIB nacional e bem abaixo da média do que era destinado pela instituição para a economia brasileira.
A meta é a de chegar a 2% do PIB, o que significaria ultrapassar a marca de R$ 200 bilhões. Um dos caminhos, segundo ela, é na busca de acordos bilaterais ou com instituições multilaterais.
Natália Dias ainda aponta que existem, em processo de negociação, um volume de US$ 5 bilhões em empréstimos bilaterais. Metade desse valor viria de bancos asiáticos.
No caso chinês, a ideia é de que o financiamento também poderia auxiliar a alavancar projetos de infraestrutura que estão sendo liderados por empresas de Pequim e que, hoje, o Brasil ainda não tem como viabilizar.
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