Valor Econômico – O primeiro número da série “Estudos especiais do BNDES”, lançada nesta segunda-feira (26), mostra que há uma correlação entre os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a taxa de investimento no Brasil. O objetivo da série é realizar análises sobre questões relacionadas à atuação do banco de fomento.
Conduzido pela Área de Planejamento e Pesquisa Econômica do BNDES, o estudo aponta que a correlação entre o desembolso do banco destinado ao investimento (como % do PIB) e a taxa de investimento no Brasil foi de 79% entre 2002 e 2022.
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O trabalho analisa a correlação entre os desembolsos (como proporção do PIB) e a formação bruta de capital fixo (FBCF), incluindo recortes mais específicos, como o investimento em máquinas e equipamentos e em construção não residencial.
Segundo o banco de fomento, embora encontre correlação expressiva em todas as variáveis analisadas, o estudo ainda procura verificar se há precedência temporal entre o crescimento dos desembolsos do BNDES e a taxa de investimento.
“A conclusão do trabalho é de que, de fato, o incremento nos desembolsos do banco precede o aumento do investimento, o que sinaliza para o impacto positivo da atuação do BNDES sobre essa variável econômica”, diz o comunicado divulgado pelo BNDES.
Outras correlações mais específicas também apontam forte associação do crédito do BNDES com a FBCF. A correlação entre os desembolsos do BNDES Finame (linha de crédito voltada para aquisição de máquinas e equipamentos) e a taxa de investimento em máquinas e equipamentos é de 88%, mesmo patamar da correlação entre os desembolsos do BNDES para infraestrutura e a taxa de investimento em construção não residencial.
A correlação entre os desembolsos do BNDES para investimento e a taxa de investimento não residencial é de 89%.
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