Estadão (Coluna) – O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), fez contato com os governadores dos cinco estados por onde passa a ferrovia Norte-Sul, que vai de São Paulo ao Maranhão. Conseguiu falar por telefone com alguns e enviou convite a todos eles, independentemente de serem aliados do governo, para a inauguração da obra, em Rio Verde (GO), nesta sexta. O gesto faz parte da estratégia determinada pelo presidente Lula para reforçar a presença dos ministros nos estados. Mas o evento terminou sendo cancelado devido ao mau tempo que impediu os voos ao local.
O presidente também queria aproveitar a inauguração da obra para buscar maior aproximação com governadores da oposição. Renan Filho, então, fez contato direto ou via assessoria com todos os gestores. Somente o do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), é da base de Lula. Os demais são oposicionistas ou se dizem independentes.
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É o caso do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), onde ocorreria o evento. No passado ele foi apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Atualmente, se diz independente, embora seu partido ocupe três ministérios de Lula.
Os demais não iriam. Mas Renan Filho enviou convites para os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Tocantins, Wanderley Barbosa (Republicanos), de Minas, Romeu Zema (Novo).
A construção da ferrovia Norte-Sul foi iniciada há quase 40 anos e o trecho que será inaugurado tem 2.257 quilômetros. A nova data do evento ainda será marcada.
ESTRATÉGIA – No esforço para envolver a atuação do governo federal com os estados, outros três ministros estão em Tocantins. Flávio Dino (Justiça), Simone Tebet (Planejamento) e o chanceler Mauro Vieira (Relações Exteriores) foram escalados para ir a Palmas, também nesta sexta, na tentativa de avançar algumas casas no xadrez político local. Na pauta da agenda, estão temas como a inclusão de investimentos em infraestrutura, em especial no modal rodoviário, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 3, a ser lançado em julho.
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