Folha de S. Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou nesta quarta-feira (31) a construção de mais seis estações na futura linha 6-laranja do metrô. Serão mais 5 quilômetros de obras.
Segundo ele, o projeto está em estudo e prevê mais quatro paradas na direção sul e duas na direção norte, sem definição da localização delas.
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“Nós temos que aproveitar a mobilização que já tem aqui. Temos duas tuneladoras”, disse o governador durante evento na futura estação Sesc Pompeia, na zona oeste de São Paulo. Nesta quarta, o “tatuzão”, nome popular da máquina que escava os túneis do metrô, chegou ao local. É a terceira estação de um total de 16 a ser escavada. O equipamento segue, agora, em direção à parada São Joaquim, na zona sul.
A escavação da linha 6-laranja foi retomada em agosto do ano passado após ter ficado parada por seis meses por causa do acidente que rompeu a tubulação de esgoto e criou uma cratera no asfalto da marginal Tietê, no canteiro de obras da estação Freguesia do Ó.
Atualmente, o projeto da linha tem 16 estações e segue da parada São Joaquim, em ligação com a linha 2-azul, até a estação Brasilândia, na zona norte da cidade. O novo traçado da linha irá respeitar a interligação com a estrutura que já existe do metrô, de acordo com o governador.
“Sabemos da delicadeza de um projeto dessa natureza. O tatuzão passa a 75 metros abaixo da superfície, mas o primeiro passo tem que ser dado”, disse o governador.
Lançada em 2008, a linha 6-laranja tinha previsão inicial de ser entregue em 2012, mas houve atrasos nas obras e paralisação do contrato com o consórcio Move SP, em 2016. O governo estadual prevê a entrega das obras no segundo semestre de 2025.
As obras ficaram paradas durante quatro anos porque o consórcio formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC alegou falta de recursos. O contrato, então, foi repassado à empresa espanhola Acciona, em 2020.
Tarcísio ressaltou que os problemas anteriores na linha 6-laranja foram sanados e que se “sente tranquilo” em relação à continuidade das obras. “Observe quem era o contratante original dessas obras, eram empresas que tiveram problemas com a Lava Jato o que interrompeu o fluxo dos contratos. Teve que ser feita uma transferência do controle acionário”, disse.
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