Valor Econômico – O lucro da Vale entre abril e junho deste ano é o menor, em dólares, para qualquer trimestre, desde o quarto trimestre de 2020, quando a mineradora fez uma baixa contábil de US$ 4,85 bilhões relacionada a despesas com o desastre de Brumadinho, num ano também marcado pelo início da pandemia.
Considerados apenas os segundos trimestres, é o pior período desde abril-junho de 2019, um prejuízo de US$ 133 milhões que veio na sequência da perda de US$ 1,64 bilhão, no trimestre marcado pela tragédia de 25 de janeiro que matou 270 pessoas e causou problemas ambientais de grandes proporções.
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Ontem, a empresa anunciou lucro de US$ 892 milhões no segundo trimestre, queda de 78% em relação ao mesmo período de 2022. A receita caiu 13%, para US$ 9,67 bilhões. No quarto trimestre de 2020, o resultado foi de US$ 739 milhões.
Em 2021, também no segundo trimestre, a empresa teve um resultado histórico, quando o minério de ferro bateu em US$ 224 a tonelada — preço médio de US$ 200 nos três meses — e levou a receita de vendas para US$ 16,51 bilhões e o lucro líquido para US$ 7,59 bilhões.
O lucro operacional contábil no segundo trimestre deste ano também caiu na comparação anual, mas ficou estável em relação a janeiro-março. Já o Ebitda ajustado foi melhor que o do período imediatamente anterior. É o indicador preferido dos analistas e veio dentro do esperado para Citi, Itaú BBA, Santander e XP e acima para o BTG Pactual e J.P. Morgan.
De treze casas acompanhadas pelo Valor, oito têm recomendação neutra, quatro recomendam compra e uma sugere venda.
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