Recorde no Norte ajuda Vale a elevar produção no 2º tri

Valor Econômico – A Vale fechou o segundo trimestre com produção de 78,7 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 6,3% em relação a abril-junho do ano passado. Contribuiu o recorde de produção para o período no S11D, operação na Serra Norte de Carajás, no Pará. O empreendimento produziu 19,1 milhões de toneladas de minério, 2,6 milhões de toneladas a mais do que no mesmo trimestre de 2022.

Também ajudou no resultado o desempenho da empresa em Minas Gerais, onde se situa o chamado Sistema Sudeste da Vale. Nesse sistema, a mineradora informou ter produzido 21,8 milhões de toneladas de minério de ferro entre abril e junho ante 19,5 milhões no mesmo período do ano passado, alta de 11,4%.

O Sistema Sul, também em Minas, mas que escoa a produção via porto no Rio de Janeiro, também teve bom desempenho. Produziu 16,8 milhões de toneladas de no segundo trimestre, alta de 8,5% na comparação anual.

A Vale indicou ainda no relatório de produção divulgado nesta terça-feira (18) que mantém a meta fixada para o ano em termos de volume de produção – entre 310 milhões e 320 milhões de toneladas de minério de ferro. A companhia também adiantou que espera uma diferença menor entre produção e vendas da commodity no terceiro trimestre, resultado de estoques formados ao longo do primeiro semestre.

No relatório de produção do segundo trimestre, a diferença entre produção e vendas alcançou 15,4 milhões de toneladas. A Vale produziu 78,7 milhões e vendeu 63,3 milhões de finos de minério, o principal produto da empresa.

Mas a Vale salientou que a redução desse “gap”, entre agosto e setembro, vai depender das condições de mercado. No segundo trimestre, o preço médio de venda realizado pela Vale para os finos de minério de ferro foi US$ 98,5 por tonelada, queda de 13,1% a tonelada na comparação anual. A redução foi motivada pelos menores preços de referência da commodity no mercado internacional.

A mineradora vem priorizando há alguns anos a estratégia de focar em qualidade de produtos, o que assegura mais receita, no lugar de grandes volumes. Mas de forma paralela a essa estratégia a Vale tem enfrentado dificuldades no licenciamento ambiental de minas, o que ficou ainda mais difícil depois da tragédia de Brumadinho, em janeiro de 2019. Ontem, a empresa também informou que a barragem “Torto” (MG) recebeu licença de operação e está com o comissionamento da operação em andamento.

Na área de metais, negócio que está em fase de cisão da Vale para criação de uma nova companhia, o desempenho operacional também foi bom. A produção de cobre atingiu 78,8 mil toneladas de abril a junho, alta de 41% sobre o mesmo período do ano passado. Já a produção de níquel ficou em 36,9 mil toneladas, aumento de 7,9% em relação ao segundo trimestre de 2022. No cobre, a Vale mantém meta já anunciada de produzir entre 335 mil e 370 mil toneladas este ano, enquanto no níquel o objetivo também está mantido e prevê atingir volume entre 160 mil e 175 mil toneladas em 2023.

O preço médio realizado no cobre pela Vale no segundo trimestre foi de US$ 7 mil por tonelada, 13% acima na comparação anual. No níquel, o preço médio realizado pela Vale foi de US$ 23 mil por tonelada, queda de 12% ano a ano.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/07/19/recorde-no-norte-ajuda-vale-a-elevar-producao-no-2o-tri.ghtml

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