Valor Econômico – O metrô e a CPTM poderão funcionar na terça-feira (28), quando está convocada uma greve geral, caso o Governo de São Paulo aceite operar com catraca livre. É o que dizem representantes de sindicatos envolvidos na paralisação.
Em entrevista coletiva concedida na manhã desta sexta (24), os trabalhadores disseram aguardar uma manifestação do Palácio dos Bandeirantes até o início da próxima semana.
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“O desafio está lançado ao governador [Tarcísio de Freitas]. Se ele aceitar liberar as catracas, nós operamos”, disse Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários.
A paralisação não afeta os linhas privatizadas do metrô (4-amarela e 5-lilás) e de trens metropolitanos (8-diamente e 9-esmeralda).
Os grevistas pedem a suspensão de projetos de privatização em curso no estado. A greve, que conta também com o apoio de funcionários da Sabesp e professores, também é um protesto contra a previsão de corte de 5% na verba da educação.
“O governador quer deixar nosso estado em frangalhos, está claro. Privatizar serviços essenciais nunca é a solução, olhem as consequências na Enel”, disse Helena Maria da Silva, vice-presidente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo). “[Querem] oferecer o pior do pior à nossa população. É por ela que lutamos”, acrescentou.
No último dia 3 de outubro, funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp fizeram greve contra os planos de privatização de Tarcísio. A greve durou 24 horas e foi classificada pelo governo como ilegal – a Justiça tinha determinado que 80% do efetivo trabalhasse, com 100% durante os horários de pico.
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