Folha de S. Paulo – As operações da linha 9-esmeralda da ViaMobilidade em São Paulo foram afetadas na manhã desta quarta-feira (29) por conta do corte de cabos entre as estações Luz e Brás.
Foram cortados cabos de fibra ótica, por volta das 19h de terça (28), que não teriam valor comercial de revenda –ao contrário dos de cobre, por exemplo.
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A empresa evita dizer se foi vítima de vandalismo ou sabotagem, mas afirma que vai registrar boletim de ocorrência no 27º DP (Campo Belo) para apuração policial.
Devido ao corte dos cabos, a linha 9-esmeralda, segundo a concessionária, opera manualmente, através de controles locais, sem a centralização no controle e supervisão do CCO (Centro de Controle Operacional).
A operação está normal, diz a ViaMobilidade, com intervalos regulares entre os trens. Mas as estações apresentam lotação de passageiros.
Na linha 8-diamante, foi suspensa a estratégia de looping (ida e volta de trens entre as estações de maior carregamento de passageiros para redução de intervalos) entre as estações Barueri e Julio Prestes.
Técnicos da ViaMobilidade atuam para normalizar a situação.
O episódio ocorreu no mesmo dia em que houve a greve de metroviários e ferroviários, com adesão também de professores e servidores da Fundação Casa e da Sabesp (Companhia de Saneamento de São Paulo). Foi a terceira paralisação convocada por sindicatos neste ano contra as privatizações.
No último dia 3 de outubro, a linha 9-esmeralda apresentou falha no sistema elétrico por mais de 27 horas.
Na ocasião, a falha também ocorreu em meio à greve conjunta entre o Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Sabesp.
Na última segunda (27), de acordo com o governo do estado, a Polícia Civil apontou que essa falha foi causada por sabotagem em diferentes pontos da linha.
Realizada pelas equipes do 27º Distrito Policial (Campo Belo), a investigação ouviu testemunhas, incluindo funcionários da empresa, que relataram terem encontrados vários objetos que foram arremessados tanto na rede aérea de energia do sistema quanto na linha férrea.
O inquérito, realizado por equipes do 27º DP, agora será concluído e relatado para análise do Ministério Público e Poder Judiciário.
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