Valor Econômico – O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta terça-feira (7) que os projetos de infraestrutura do Brasil oferecem a melhor taxa interna de retorno para investidores estrangeiros. Segundo ele, isso pode ser explicado por uma “incongruência” da economia brasileira, relacionada à manutenção da taxa básica de juros em patamar elevado.
“Por onde a gente anda [no exterior], a gente observa que todos olham para o Brasil”, disse Renan, ao participar do “Brasil Investment Forum”. O evento é promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
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O ministro observou que outro atrativo do Brasil é a segurança institucional, área onde o país “avançou muito”. Renan destacou ainda que a dinâmica da economia brasileira se comporta de maneira diferente à de outros países.
“O Brasil, diferentemente do mundo desenvolvido, ele se transforma muito rapidamente”, disse. Neste sentido, Renan Filho frisou que o país, já na posição de maior exportador de grãos do mundo, elevou sua produção em 19% em um ano.
“Isso demonstra a demanda por infraestrutura que esse país tem, em rodovia, ferroviária, especialmente, e no nosso sistema portuário. Nestas três áreas, o Brasil tem as melhores oportunidades do mundo para investimento”, destacou Renan Filho, na presença de investidores.
Outro atrativo da economia brasileira, na visão do ministro, é sua relação com setores estratégicos aos olhos dos estrangeiros. Ele citou os temas da segurança alimentar, dada a grande capacidade de produção de alimentos para o mundo, e da sustentabilidade ambiental, com grande parte de sua biodiversidade preservada.
Governo Bolsonaro
O ministro dos Transportes lamentou que o governo anterior investiu “muito pouco” em infraestrutura, com realização de apenas quatro leilões e 6 contratos assinados.
Ele se comprometeu a promover, só neste ano, quatro leilões. E no próximo ano, garantiu que sairão mais 12 licitações, “uma por mês”. “Nós temos um ‘gap’ de infraestrutura muito elevado. Se a gente faz só um leilão por ano, jamais nos aproximaremos daquilo que o país precisa para ajudar a economia crescer”, ressaltou Renan Filho.
Segundo ele, nos quatro anos de gestão, o governo pretende assinar 50 contratos no setor de infraestrutura. Isso inclui, disse, a “otimização” de quinze contratos que estão sendo discutidos no Tribunal de Contas da União (TCU), dentro da área de resolução de conflitos.
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