Valor Econômico – A demanda por crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cresceu 94% em 11 meses, afirmou o presidente da instituição, Aloizio Mercadante. Segundo Mercadante, só os pedidos de financiamento para a área de infraestrutura registraram aumento de 143% e a carteira de crédito do banco para o setor atingiu R$ 52 bilhões em 2023.
“A nossa carteira de crédito para infraestrutura atingiu R$ 52 bilhões com a demanda muito forte do novo PAC, que orienta toda as nossas decisões de investimentos”, afirmou durante assinatura de contratos de captação entre o BNDES o Novo Banco de Desenvolvimento (New Development Bank), conhecido como o banco do Brics.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também participa da cerimônia, na sede da instituição, no Rio de Janeiro, ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff, presidente do NDB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica e demais autoridades.
As aprovações de crédito também cresceram 63% nos 12 meses de 2023, ante 2022, segundo Mercadante. O presidente do BNDES atribuiu o aumento das operações a dois fatores: a redução do pagamento de dividendos do BNDES — de cerca de 60% para 25% —, autorizada pelo governo federal e a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que permitiu ao banco de fomento parcelar, até 2030, um débito de R$ 22,6 bilhões com o Tesouro.
“Gostaria de agradecer ao ministros do TCU que permitiram [parcelamento] de R$ 22,6 bilhões, imprescindível para manter o ritmo de crescimento e desembolso. O TCU, hoje, tem relação muito mais colaborativa conosco.”
Há uma semana, o plenário do TCU contrariou a área técnica do órgão e autorizou o BNDES a postergar o calendário de devoluções de repasses feitos pelo governo federal à instituição em governos anteriores do PT. Anteriormente, pelo calendário original, o pagamento de R$ 22,6 bilhões deveria ter sido feito, integralmente, em novembro.
Seja o primeiro a comentar