Audiência pública da Linha 20-Rosa é marcada por pouca participação popular

Diário dos Trilhos – O Metrô de São Paulo realizou nesta segunda-feira, 29 de janeiro de 2024, a segunda de três audiências públicas sobre o projeto da Linha 20-Rosa que deverá ligar a capital ao município de Santo André.

Este encontro foi realizado no Auditório do Centro de Integralidade do IAMSPE, na Vila Clementino, Zona Sul da cidade e permitiu às pessoas que participam de grupos ambientais, de moradores dos bairros contemplados pela futura linha e outros interessados pessoalmente ou de forma virtuais, efetuar questionamentos.

Entretanto, a maioria dos participantes demonstrou um desconhecimento total ou parcial do assunto, a Linha 20-Rosa, inclusive com alguns assumindo que não leram o documento do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ou utilizando do seu tempo para falar sobre coisas sem relação com o tema.

Ao invés de debater as questões da obra, como prazos, eventuais transtornos, mudanças nas localidades e entre outras possibilidades, como abordado por um representante do Sindicato dos Metroviários que perguntou sobre riscos de acidentes, método construtivo e afins, a maioria de quem se inscreveu para manifestações optaram por falar de temas como água, memórias afetivas de bairro, falar do próprio currículo acadêmico ou propor/sugerir um estacionamento para carros nas estações da nova linha.

Além disso, a live no Youtube (disponível para quem efetuou o cadastro prévio e que recebia um link), não permitiu a participação pela aba de comentários, fechando o espaço para manifestações no meio da apresentação.

Porém nem todas manifestações foram ruins, um fato em comum entre as pessoas que participaram com o poder de fala no local, foi uma crítica a quantidade das audiências e os horários, que seriam não favoráveis aos trabalhadores, portanto, para a maior parte da população.

Chegou a ser sugerido que essas reuniões sejam mais completas, apresentado um projeto de forma mais aprofundada e em horário noturno ou finais de semana e também em locais de melhor acesso, como em subprefeituras, permitindo inclusive uma devolutiva, ou seja, uma nova assembleia respondendo cada questionamento.

Isto ressalta que ainda com poucos comentários que agrega ao debate de um projeto de grande importância, o número de encontros é realmente pouco ao se falar de uma linha com 33 quilômetros de extensão.

A próxima audiência será ainda nesta semana em 1º de fevereiro no Salão Nobre da Universidade Metodista (Campus Rudge Ramos),na cidade de São Bernardo do Campo.

A linha 20 que partirá da região da Água Branca até Santo André terá integração com as linhas 1-Azul, 2-Verde, 4-Amarela, 5-Lilás e 6-Laranja de metrô, além das linhas 7-Rubi e 8-Diamante de trens, prevendo ainda se integrar com a futura Linha 22-Marrom.

A projeção é de contar com 24 estações e uma extensão de 31,1 km, atendendo além de São Paulo, os municípios de São Bernardo do Campo e Santo André que terá três estações (Príncipe de Gales, Portugal e Santo André), integrando com a Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Objetivo também do Metrô é interligar os subcentros Lapa, Pinheiros, Faria Lima, Itaim Bibi, Vila Olímpia e Moema com a região de São Judas – Jabaquara e a região industrial do ABC, integrando com outras várias linhas, inclusive com a Linha 6-Laranja em construção.

Fonte: https://diariodostrilhos.com/2024/01/30/audiencia-publica-da-linha-20-rosa-e-marcada-por-pouca-participacao-popular/

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